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Governo homenageia Mia Couto pelo Prémio União Latina 2007
- 2-May-2007 - 10:57
O escritor Mia Couto vai ser homenageado sexta-feira pelo Governo moçambicano pela obtenção do Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007, atribuído pela primeira vez a um escritor do país e de África.
A mensagem de felicitações do executivo moçambicano pelo prémio, anunciado a 18 de Abril, será endereçada pelo ministro da Educação, Aires Ali, em cerimónia a decorrer no Ministério da Educação e Cultura.
Mia Couto, 52 anos, é o primeiro escritor moçambicano e o primeiro africano a ser galardoado com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas, que já foi atribuído, entre outros, a Agustina Bessa-Luís (1997), António Lobo Antunes (2003) e José Cardoso Pires (1991).
O júri deste ano, presidido por Vincenzo Consolo (também premiado em 1994), justificou a escolha de Mia Couto pela "originalidade e o poder criativo de um escritor que parte da realidade do seu país para exaltar o poder da vida e a alegria de viver, mesmo se, por vezes, em condições extremamente dramáticas".
"Além de uma euforia vocabular - que vem influenciando escritores mais jovens em todo o espaço da língua portuguesa - Mia Couto revelou-se igualmente um extraordinário contador de estórias na mais pura tradição africana", destacou ainda o júri.
Ao atribuir este prémio a Mia Couto, "o júri está também a reconhecer e a premiar a participação dos africanos de língua portuguesa, e em particular os moçambicanos, na revitalização e construção desse idioma".
"De instrumento de dominação colonial, o português transformou- se, ao longo das últimas três décadas, numa ponte de afectos e num importante factor de unidade nacional, em países como Angola e Moçambique, com muitas línguas e etnias", sublinhou ainda o júri sobre a escolha.
Ao tomar conhecimento da atribuição do prémio, Mia Couto dedicou-o a "todos os colegas" do panorama literário do seu país, "em especial" José Craveirinha.
"É em conjunto que estamos a fazer da literatura moçambicana um corpo", disse então à Agência Lusa, sublinhando a circunstância de o prémio contribuir para "valorizar o património plural e diverso do mundo que se expressa nas chamadas línguas latinas".
"Este ano, pela primeira vez, o continente africano é contemplado por este prestigiado prémio. O prémio União Latina de Literatura reafirma, deste modo, a grande diversidade das nossas culturas e das nossas geografias", considerou.
"Jorge Amado - lembrou Mia Couto - falou do Prémio da União Latina como um modo de promover diálogo entre povos. É assim que eu vejo esta distinção: como uma janela por onde nos podemos ver melhor e que nos encoraja a atravessar os territórios de desconhecimento que ainda nos separam".

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