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«Ramos-Horta tem interesses que não são os do povo», diz Lu Olo ao JN
- 9-May-2007 - 9:01
Francisco Guterres "Lu Olo" disputa hoje a segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste com José Ramos-Horta. Conta com o apoio da Fretilin, partido maioritário no Parlamento do qual é, aliás, presidente. Embora tenha vencido a primeira volta, afirmou na altura e reitera agora, que "só não é já presidente da República porque a máquina do Governo está ao serviço do seu adversário".
Francisco Guterres "Lu Olo" acusa Ramos-Horta de "ter posto a máquina do Governo ao seu serviço" e de "jogar muito baixo ao apostar na intimidação dos eleitores" que, hoje, vão dizer de sua justiça. Significa isso a admissão da derrota? "Não, de maneira alguma. Vou ser o próximo presidente da República", garante "Lu Olo" em entrevista ao JN.
JN|O seu adversário teve importantes apoios políticos, caso de Xanana Gusmão, e de outras entidades. No seu caso foi diferente?
"Lu Olo"|Foi diferente, e ainda bem. Tive, no entanto, apoios de dois partidos (Kota e PPT). Acresce que os que me apoiam, ao contrário de Ramos-Horta, pertencem ao povo (jovens, mulheres e veteranos) e são esses que vão decidir em consciência, por muita que seja, e foi de facto, a pressão exercida pela candidatura adversária.
Não está a minimizar os apoios que Ramos-Horta consegui?
Não. Há apoios e alianças que, feitas as contas, significam subtracção de votos. Ele conseguiu o apoio dos dirigentes de alguns partidos prometendo tudo a todos. Mas daí até garantir os votos dos que escolheram esses dirigentes vai uma grande distância. O povo sabe que quem promete tudo a todos e não terá condições para cumprir. Creio, por isso, que a minha credibilidade vale muitos mais votos.
E os eleitores não serão tentados a escolher um político mais conhecido no Mundo?
Alguns, talvez. A maioria sabe que durante os 24 anos de resistencia estive sempre ao lado do povo. Tal como sabe que não tenho nenhuma agenda pessoal que me coloque na dependência de outros interesses. E Ramos-Horta tem-na. Tem interesses que não são os do povo.
Acusam-no de, caso venha a ser o próximo presidente, afastar o país de alguns importantes vizinhos, caso da Austrália. É verdade?
Só Ramos-Horta tem dito isso. É uma das muitas tentativas de criar um clima de medo junto dos eleitores.Procurarei ter boas relações com todos os países embora, é claro, reafirme que os interesses de Timor-Leste estarão sempre em primeiro lugar. Em relação à Austrália, eu nunca fiz nada contra este país e fui, recorde-se, um dos três lideres que pediu para que o Governo australiano nos desse assistência em Maio do ano passado.
E no que respeita a países amigos mais distantes?
O nosso futuro, em diversas vertentes do desenvolvimento, depende obviamente do nosso passado. Por isso será inevitável o estreitamento das relações com todos os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
O presidente não tem poderes executivos. Admite alterar a Constituição para mudar essa situação?
Não. Penso que os poderes são suficientes para que um Estado de direito democrático funcione bem. Respeitarei as limitações do cargo, procurando cooperar com os outros órgãos de soberania de modo a que as instituições possam trabalhar de forma eficaz para ultrapassar os desafios que a nossa nação irá enfrentar nos próximos anos. E serão desafios que só poderão ser vencidos se existir uma sã colaboração entre todos, cada um respeitando os seus poderes.
O JN solicitou também uma entrevista a Ramos-Horta. Foi aceite e colocadas as questões. Apesar das nossas insistências, o candidato não respondeu.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
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