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Oposição questiona validade da sondagem que dá grande avanço ao MPLA
- 11-Jun-2007 - 19:26
A oposição angolana levantou hoje dúvidas sobre a validade de uma sondagem aos cidadãos de Luanda publicada pelo Semanário Angolense que coloca o MPLA à frente nas intenções de voto, com enorme diferença para os restantes partidos.
Segundo Adalberto da Costa Júnior, porta-voz do principal partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total (UNITA), as perguntas da sondagem realizada pela empresa Consulteste "são dirigidas".
"Já fiz bastante estatística de sondagens e entendo que ou se põem todos em igualdade de circunstâncias ou, então, a sondagem não traz respostas de grande objectividade", explicou Adalberto da Costa Júnior.
A sondagem efectuada pela empresa Consulteste, e publicada este fim-de-semana pelo Semanário Angolense, permitiu aos entrevistados escolher apenas entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o conjunto de toda a oposição, sem diferenciar esta por partidos.
Os resultados da sondagem, que tem uma margem de erro de 4,5 por cento, dão 59,1 por cento das intenções de voto na capital angolana ao MPLA e apenas 16,1 por cento a todos os outros partidos.
"A sondagem peca pelo facto de não ter sido feita de forma sigilosa e porque a pergunta não dá possibilidade aos eleitores de escolher de forma igual", disse Lindo Bernardo Tito, líder da bancada parlamentar do Partido de Renovação Social (PRS).
Bernardo Tito fala em "vícios na elaboração e realização da sondagem", o que põe em causa os resultados da mesma, "não expressando a vontade do eleitorado de Luanda".
O porta-voz da UNITA é da mesma opinião, embora recuse falar em manipulação, prefere dizer que "as respostas estão dirigidas", facto "condicionou, mesmo que subtilmente, o resultado".
Ngola Kabangu, vice-presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), disse que nesta altura "há muitas projecções e palpites, o que não quer dizer que o resultado dessa sondagem seja real".
O delfim de Holden Roberto, líder histórico da FNLA, aproveitou, no entanto, para salientar que o resultado do estudo de opinião que mais "preocupa" o seu partido é a alta taxa de abstenção entre os eleitores de Luanda.
O estudo dá conta da possibilidade de que as legislativas de 2008 possam ter na capital angolana uma abstenção de 22,9 por cento (em 1992 foi de 13 por cento), facto que leva Ngola Kabangu a defender a realização de "uma campanha de educação cívica" para inverter essa tendência.
Para o vice-presidente da FNLA, "a abstenção não é favorável à mudança", logo todos os partidos devem mobilizar-se para que a população compreenda que "o voto é importante para a mudança".
Por seu turno, o líder da bancada parlamentar do PRS defendeu "um debate" entre todos os partidos políticos e a sociedade civil sobre o problema da abstenção.
Bernardo Tito apontou, sobretudo, dois elementos causadores do alheamento da população de Luanda em relação às eleições: o estado actual do país e as condições sociais em que vive a maioria da população provocaram o descrédito dos políticos e, além disso, em virtude do que aconteceu nas eleições de 1992, as pessoas olham com desconfiança para o processo eleitoral.
Depois das eleições legislativas de 1992, ganhas pelo MPLA com 54 por cento dos votos, seguido da UNITA com 34 por cento e da FNLA, PRS e Partido Liberal Democrático (PLD) com dois por cento, o país voltou a mergulhar numa nova guerra civil que só terminou em 2002.
Adalberto da Costa Júnior preferiu encarar o número da abstenção contido na sondagem como mais um "indicador consequente da forma como foi feita a pergunta".
"Não é indicativo como tendência porque a pergunta limitou o espectro de respostas", sintetizou o porta-voz da UNITA.
O MPLA, através do seu porta-voz, Norberto dos Santos "Kuata Kanawa", preferiu não tecer comentários sobre o resultado da sondagem do Semanário Angolense.
"Nós não trabalhamos com sondagens de jornais, nem sabemos quais os critérios utilizados para a realização dessa sondagem", afirmou.
"Somos um partido que trabalha no sentido de se fortalecer e, quando chegar a altura, trabalharemos com os nossos próprios dados", acrescentou o porta-voz do MPLA.

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