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  Entrevista
Eleições livres e democráticas vão levar algum tempo, diz João Carrascalão
- 21-Jun-2007 - 14:23


O presidente da União Democrática Timorense (UDT), João Viegas Carrascalão, considerou hoje que ainda vai levar algum tempo até que se façam "eleições livres e democráticas em Timor-Leste" e que os escrutínios continuam a ter "resultados forjados".


Carrascalão acrescentou que nas eleições timorenses "o voto é livre, mas não é democrático", considerando que "existe intimidação na boca das urnas" e "no período pré-eleitoral".

"Explicamos aos eleitores o que é a mentira política e quais são as consequências. Ainda vai levar algum tempo até que se façam eleições livres e democráticas em Timor-Leste", sublinhou.

"As eleições continuam a ter resultados forjados, em que a população não vota conscientemente e em que há um voto intimidado", acrescentou o presidente do mais antigo dos partidos históricos timorenses.

"O povo vota em socialismo, em democracia cristã, em social-democracia, sem ter a mínima ideia do que é isso. Falamos em social-democracia e perguntam se isso é alguma coisa que se coma ou que se beba", referiu João Carrascalão.

João Carrascalão insiste que houve "fraude" na contagem que lhe deu o pior resultado dos oito candidatos às eleições presidenciais de 09 de Abril e afirma estar seguro de que a UDT vai ultrapassar "de longe" a fasquia mínima de 03 por cento de votação para eleger deputados nas legislativas de 30 de Junho.

Esse objectivo de "participação e visibilidade" é o horizonte da actual campanha da UDT, feita de encontros e "diálogos" com a população, como os que João Carrascalão realizou nos distritos e em três bairros diferentes da capital.

O presidente da UDT obteve 1,72 por cento da votação em 09 de Abril, com 6.928 votos, "menos do que o número de assinaturas dos militantes que apoiaram" a sua candidatura, sublinhou.

"A batota foi feita depois da primeira contagem. Nós verificámos que no distrito de Ermera eu próprio tinha mais de 4.000 votos e na contagem final tinha só pouco mais de 700".

Questionado por que participa a UDT num processo que considera viciado, João Carrascalão explicou que o seu partido "participa pelo exemplo e vivência".

A campanha das legislativas serve "também a educação cívica dos eleitores para futuras eleições que podemos ganhar e para renovar os quadros da UDT".

"Chamamos a atenção dos novos quadros de que a política está para ficar. Nós passamos, mas o partido fica. Estamos a pensar objectivamente em 2012 e de ter cadeiras suficientes para formar governo", declarou João Carrascalão.

"A UDT adaptou o seu programa e nota com satisfação que os princípios iniciados pelo partido em 1975 são hoje adoptados pelos outros, que reclamam para si a iniciativa".

João Carrascalão recordou que a UDT "tinha na altura três princípios fundamentais: unidade nacional, autodeterminação para a independência e rejeição da doutrina comunista em Timor".

"Hoje verificamos que, depois de perdermos 30 anos, toda a gente quer a unidade nacional. Se tivessem dado ouvidos à UDT, talvez já fôssemos independentes há mais tempo e não teríamos perdido tantas vidas", disse.

"Na altura, a UDT preparou um programa a médio/longo-prazo para preparar os quadros de Timor a serem eles próprios a conduzir os destinos da nossa população", referiu.

"Exigíamos a Portugal a preparação desses quadros porque nós não queríamos uma independência de costas viradas a Portugal. Ao fim de 30 anos, verificamos que Portugal continua a ser a base fundamental do desenvolvimento de Timor", adiantou o presidente da UDT.

"Isto demonstra que mesmo o partido que está no poder e que rejeitava a presença portuguesa, hoje segue estas linhas de orientação", referiu João Carrascalão, por referência à FRETILIN, o partido que protagonizou a guerra civil com a UDT em 1975.

"Há viúvas aqui em Bidau cujos maridos foram enterrados vivos pela FRETILIN ou levados para Aileu e massacrados. Ao longo do tempo, estas viúvas contribuíram muito para a independência, tirando parte do seu rendimento para sustentar a guerrilha no mato", declarou João Carrascalão.

"Até hoje, não há nenhum reconhecimento para elas. É isso com que faz que a UDT se agarre aos seus princípios e não perdoe a pessoas que acabam por esquecer a História e que procuram novos caminhos sem reconhecer que muita gente deu a vida por este partido".

João Carrascalão explicou na entrevista o seu "mea culpa" numa audiência pública da Comissão de Acolhimento, Verdade de Reconciliação como uma tentativa de "forçar os outros líderes a tomar consciência da sua responsabilidade".

"Não era justo estarem a culpar apenas a população e os timorenses de se voltarem uns contra os outros e procurarem sacudir a água do capote", afirmou o líder da UDT.

"O assumir das culpas da minha parte foi para ilibar a população de estar a ser acusada de ser a perpetradora da violência, mas essa violência nasceu porque a liderança os conduziu para isso".

João Carrascalão defendeu que, "quando a UDT fez o Movimento de 11 de Agosto (de 1975), não era um golpe de Estado", mas sim uma tentativa "de chamar a atenção de outros movimentos que tinham já preparado golpes para tomar o poder e para a irrealidade e irresponsabilidade desses actos".

"A lição não foi aprendida", acusou o presidente da UDT. "A FRETILIN voltou atrás até 28 de Novembro de 1975. Continuou-se com os mesmos objectivos e entrámos em períodos de convulsão interna que acabaram por originar a crise actual em que vivemos", acusou.

João Carrascalão afirma que o partido está disponível para entrar numa coligação depois das legislativas.

"Se a UDT tiver que jogar algum papel importante nessa altura, a UDT jogará esse papel e não se importará de fazer parte de um executivo que represente a vontade da maioria, para termos estabilidade em Timor como base fundamental para se poder pensar em desenvolvimento".


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