Pesquisar |
|
Notícias |
»
»
»
»
»
»
»
»
»
»
|
 |
Canais |
»
»
»
»
»
»
»
»
»
|
 |
Siga-nos no
Receba as nossas Notícias

Quer colocar as Notícias Lusófonas no seu site?
Click Aqui |
|
Serviços |
»
»
»
»
»
|
|
|
Conversas
no
Café Luso |
|
|
|
Entrevista
|
|
Governo arrasa desempenho de construtora portuguesa Tâmega
- 6-Sep-2007 - 16:14
O ministro das Obras Públicas e Habitação moçambicano, Felício Zacarias, manifestou-se hoje "insatisfeito" com a actuação da construtora portuguesa Tâmega, a quem acusou de não respeitar os prazos de execução das obras que tem adjudicadas.
"Nós não estamos satisfeitos com o ritmo dos trabalhos. Já fizemos alguns exercícios no sentido de ver se conseguimos melhorar [o seu desempenho, através do diálogo], mas o que nós verificamos é que a Tâmega não está com estofo para fazer o serviço", disse Zacarias.
"Eles pegaram num piano extremamente sofisticado para os dedos que eles têm", ironizou o governante moçambicano.
A empresa de construção civil portuguesa, a operar em Moçambique desde antes da independência do país, em 1975, tem sido responsável pela construção e reabilitação de importantes infra-estruturas, incluindo pontes entre rios e vias de acesso.
Algumas obras adjudicadas à construtora, nomeadamente troços da principal estrada do país, a Estrada Nacional 1, que ligará Maputo, no extremo sul, a Pemba, no norte, resultaram de acordos de cooperação entre a União Europeia (UE) e o executivo moçambicano.
A alegada apatia daquele empreiteiro português levou o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, a pedir a intervenção do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, num encontro em Bruxelas, e do governo português.
Num entrevista ao semanário moçambicano SAVANA, o ministro das Obras Públicas e Habitação de Moçambique reiterou o seu "desânimo" face ao trabalho daquela empresa, instituição portuguesa em que, disse, "há qualquer problema de competência".
"O que verifico é que a empresa não está capacitada e fico muito sentido com isso, porque muitos de nós [em Moçambique] crescemos conhecendo a Tâmega como um bom empreiteiro que teve um bom desempenho neste país", disse.
"Mas, de repente, alguma coisa está a acontecer. Talvez as pessoas que estão à frente dos seus destinos não sejam as mais indicadas", acrescentou.
Recentemente, a construtora portuguesa foi multada em cerca de três mil euros devido a alegados atropelos à lei laboral moçambicana, incluindo práticas de racismo, sanção aplicada pelo Ministério do Trabalho de Moçambique.
Entre as violações à lei laboral moçambicana protagonizadas pelos responsáveis da construtora Tâmega incluem-se "manifestação de racismo, distribuição de cargos directivos apenas a trabalhadores estrangeiros e a disparidade salarial entre os trabalhadores nacionais e seus colegas estrangeiros".
A agência Lusa procurou, sem sucesso, contactar os responsáveis pela Tâmega em Maputo que, de acordo com fonte institucional da empresa, "se encontram todos em viagem".

Ver Arquivo
|
|
 |
|
|
|
|
|
|
|
|