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Preço do arroz vai aumentar 50% na indústria e nos... consumidores
- 22-Oct-2007 - 15:10
Os preços do arroz vão aumentar na indústria, podendo subir cerca de 50 por cento, na campanha iniciada em Setembro, sendo difícil prever quanto deste aumento será passado ao consumidor, afirmou um representante do sector.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA), Pedro Monteiro, falando em nome da produção e da indústria deste alimento, explicou que um conjunto de factores a nível do mercado internacional provocou uma subida do preço, em Portugal, de 200 a 230 euros a tonelada em 2006, para 280 a 290 euros a tonelada este ano.
A evolução do preço segue a tendência registada em todo o mundo, incluindo na União Europeia (UE), onde desde 2004 o agravamento situou-se entre 60 e 100 por cento.
O aumento do preço pago pelos industriais portugueses, que descascam e branqueiam o arroz, "terá de repercutir-se nos distribuidores", mas não é possível quantificar a subida, pois depende não só do tipo de arroz, mas também das políticas seguidas por cada grupo distribuidor.
Algumas cadeias de hipermercados definem um cabaz de produtos alimentares e dividem as subidas de preços por todos, de modo a não sobrecarregar qualquer dos alimentos, exemplificou Pedro Monteiro.
No entanto, a associação não deixa de "alertar para a inevitável subida a curto prazo" do preço do arroz no consumidor.
O acréscimo dos preços pagos pelos industriais portugueses de arroz à produção deverá situar-se à volta de 50 por cento, dependendo do tipo de arroz e dos custos de cada empresa.
Segundo o secretário-geral da ANIA, que também fala em nome da Associação de Produtores e Industriais de Arroz (APIA), nos últimos 10 anos registou-se uma baixa dos preços nominais do arroz junto do consumidor final e, no ano passado, na indústria, o preço médio manteve-se inalterado.
Mas, na campanha 2007/08 (de Setembro de 2007 a Agosto de 2008) a situação agravou-se devido à subida acentuada do preço do petróleo que tornou cereais, como o milho e o trigo, "interessantes" para produção de biocombustíveis, uma alternativa energética aos produtos petrolíferos.
O aumento da procura no mercado internacional daqueles cereais reflectiu-se no preço do arroz, encarado como uma possibilidade de substituição.
Mas, não é só está situação que justifica o aumento dos preços do arroz na actual campanha, sendo igualmente influenciados por um conjunto de factores internacionais.
Além da procura destinada a biocombustíveis, também se verificou um acréscimo da procura de arroz para a alimentação humana e para produção de rações para animais, sendo avançado pela ANIA o exemplo da China e da Índia, actualmente com consumos muito elevados.
O avanço da procura acontece numa altura em que os maiores produtores de arroz viram as suas culturas afectadas por calamidades naturais, quer secas, quer inundações, e colocam entraves à exportação para recuperar os seus stocks de segurança, entretanto reduzidos.
A Índia, terceiro exportador mundial, proibiu as vendas as outros países (excepto do arroz Basmati) e retirou do mercado cerca de três milhões de toneladas, o que provocou uma reacção em alta do primeiro exportador, a Tailândia, mas a manutenção do número de licenças de produção da parte do primeiro, o Vietname.
Por outro lado, as exportações dos EUA para a UE foram excluídas devido à detecção de arroz geneticamente modificado na campanha 2006/07.
Por outro lado, as subidas do preço do petróleo influenciam directamente os custos das indústrias de transformação, e a do arroz não é excepção, com os gastos de transporte.
A produção nacional de arroz é de 150 mil toneladas (peso em casca), uma quantidade que, após o processo industrial de descasca e branqueamento na indústria, fica nas 90 mil toneladas.
Os portugueses apresentam o consumo per capita de arroz mais elevado da Europa, num total anual de 170 mil toneladas, o que quer significa que é necessário importar cerca de 90 mil toneladas.
E, em Portugal todos os terrenos com condições para plantar arroz estão já aproveitados, segundo pedro Monteiro.

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