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Amélia Mingas «desconsolada» com a falta de apoio ao IILP
- 2-Nov-2007 - 20:02
A presidente do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Amélia Mingas, manifestou-se hoje "algo desconsolada" com a falta de apoio financeiro e de recursos humanos para uma instituição que visa promover o idioma de Camões no Mundo.
Em declarações à margem da XII Reunião do Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a linguista angolana declarou-se insatisfeita, sobretudo com o orçamento e com a falta de pessoal, "apenas quatro funcionários".
"Não estou nada satisfeita. O orçamento só foi previsto para o funcionamento. Mas precisamos sobretudo de meios para investir em projectos que possam potenciar a nossa missão", afirmou, lamentando que apenas três dos oito Estados membros da CPLP - Angola, Brasil e Portugal - tenham pago as respectivas quotizações.
"É verdade que tenho falta de gente. Somos quatro, contando comigo. É o mínimo dos mínimos e é ridículo que uma instituição com a responsabilidade do IILP só tenha quatro funcionários e nenhum deles, tirando eu, seja especialista em Língua ou Literatura Portuguesa", sublinhou.
Amélia Mingas sublinhou que em todas as reuniões que tem mantido com os diferentes governos ou entidades ligadas directa ou indirectamente ao IILP tem reclamado mais e melhor apoio, admitindo que, "às vezes", se torna "inconveniente".
No entanto, defendeu, o instituto, com sede na Cidade da Praia (Cabo Verde) e criado em 1990, está "a tentar erguer-se e fazer algo" no que respeita à promoção e difusão da Língua Portuguesa.
"É claro que são vários os problemas que se apresentam, entre os quais a conciliação do idioma nos Estados membros (da CPLP). É um facto que nem todos eles, os utentes, têm o domínio e competência necessária para a Língua Portuguesa", admitiu.
Por outro lado, acrescentou, há também problemas na divulgação e consolidação da Língua Portuguesa a nível internacional.
"Há a necessidade de fazer essas duas lutas, mas priorizando o problema ao nível da comunidade. Por incrível que pareça, em alguns dos nossos Estados, a Língua Portuguesa é considerada ainda língua estrangeira. É uma contradição muito grande", sustentou.
Sobre o Acordo Ortográfico, Amélia Mingas afirmou que ainda não existe, preferindo ironizar com a expressão "desacordo ortográfico", aludindo à existência de duas versões do Português.
"É um desacordo. Já há uns anos atrás sempre manifestei a necessidade para a existência de um acordo, na medida em que somos oito países e cada um deles tem uma cultura própria, que vai reflectir-se na Língua, não só no modo como se escreve, mas também com os novos termos que vão sendo criados", argumentou.
"Tem de haver uma limitação no como escrever, porque falamos de maneira diferente, porque a Lusofonia é, de facto, uma polifonia. Há toda a necessidade de sermos mais rigorosos a nível da escrita e não é o que acontece", sustentou a presidente do IILP, no cargo desde Julho de 2006.
"O problema essencial é a nível do Brasil que, durante muito tempo, ficou isolado e só, e desenvolveu a Língua Portuguesa muito mais ligado à realidade americana", referiu.
"Quanto a mim, o que está mal é que tudo foi visto segundo a perspectiva da alteração da Língua Portuguesa no Brasil. Mas isso é um problema interno do Brasil. Quando sai da sua fronteira, terá de falar em nome da CPLP", sublinhou.
Sublinhando a "falta de vontade política" - "tudo passa pelas decisões políticas" -, Amélia Mingas defendeu a necessidade de se proceder a uma nova revisão do acordo e dos próprios protocolos modificativos, lembrando que, se houve países que não o ratificaram foi porque "não se reviram nele".
"Temos de saber a questão de fundo: que Português, enquanto comunidade, vamos escrever para fora? Só pode ser uma língua e não podem ser duas ou três", concluiu Amélia Mingas.

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