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  Entrevista
Médicos cubanos indignados com declarações de Ramos-Horta
- 23-Jan-2008 - 15:22


Os quatro médicos cubanos à espera de fugir de Timor-Leste para os Estados Unidos reagiram hoje com indignação às declarações do presidente timorense, que terça-feira classificou o caso de mera "oportunidade económica".


"José Ramos-Horta devia preocupar-se por um partido estrangeiro controlar, funcionar e dirigir dentro do seu próprio país o sistema de saúde, como está acontecendo", afirmou o médico Alexis Oriol Rodriguez à Agência Lusa em Díli.

"Isto é uma chantagem política e não deveria ser permitida por um governo de nenhum país que se autoproclame livre, independente ou democrático", acrescentou o médico.

Quatro dos 227 cooperantes da brigada sanitária cubana em Timor-Leste não querem voltar a Cuba.

Os médicos, entrevistados pela Lusa, acusam Havana de "exportar a tirania" através do controlo rigoroso do Partido Comunista Cubano (PCC) sobre cada um dos cooperantes em Timor-Leste.

Os quatro médicos, sem passaporte, vivem escondidos em Díli há cerca de três meses, aguardando que o Governo timorense os deixe sair do país.

"Há uma lei, passada pelo Congresso (norte-americano) que garante a qualquer médico cubano, quer esteja em Cuba ou noutro país a trabalhar, que se quiser ir para os EUA sem tratamento especial é automaticamente aceite", declarou José Ramos-Horta à Lusa comentando o caso.

Para o chefe de Estado timorense, torna-se, por isso, "natural" que, havendo um país, como Cuba, onde os médicos "ganham pouco", se surgirem os Estados Unidos a "oferecer privilégios de médico", tal "incentive e encoraje qualquer um".

"Se assim é, então alguém nos explique por que estamos ainda aqui", declarou hoje à Lusa a médica Irina Valdés Pérez.

"Já cumprimos o contrato de 2 anos de missão em Timor-Leste. Não devemos nada nem a Timor nem a Cuba. Só pedimos que respeitem a liberdade de movimentos de cada um de nós", acrescentou a médica.

Irina Valdés Pérez, o seu marido Raidén López Carrillo e Miriela Llanes Martínez já obtiveram da embaixada dos Estados Unidos em Díli o visto de entrada e os documentos que lhes permitem viajar até à América, "mesmo sem passaporte".

Quanto a Alexis Oriol Rodriguez, ainda não obteve o visto norte-americano.

Sobre as declarações de José Ramos-Horta, Raidén López Carrillo interroga-se "sobre a noção de direitos humanos do Presidente da República, que é também Prémio Nobel da Paz".

"Em Cuba tudo é político", sublinhou Irina Valdés Pérez sobre os motivos "económicos" da sua fuga para os Estados Unidos, país onde os quatro médicos ouvidos pela Lusa têm família.

"Esse é o tipo de argumento repetido pela Embaixada de Cuba", acrescentou a médica.

"O Governo de Cuba, na figura do seu embaixador em Timor-Leste, e o que é pior, agora na do senhor Ramos-Horta (sic), tenta esconder ao mundo o desacordo e a reprovação que muitos cubanos sentem por viver num país onde não existe liberdade, democracia nem direitos humanos, ao chamar de 'económicos'" os motivos dos quatro médicos, afirmou Alexis Oriol Rodriguez.

As declarações do chefe de Estado timorense, conclui o médico numa declaração escrita à Lusa, deixaram-lhe "repugnância e a mais profunda pena".

A Lusa tentou, sem sucesso, nos últimos dois dias, esclarecer junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense qual a situação dos médicos cubanos e a razão por que não saíram do país.

Um responsável da embaixada dos Estados Unidos em Díli, contactado a propósito do mesmo caso, remeteu para quinta-feira "uma resposta oficial" do Departamento de Estado.

A mesma fonte explicou à Lusa, no entanto, que os três médicos cubanos autorizados a entrar nos Estados Unidos "não são asilados políticos" e que a sua documentação de viagem foi concedida ao abrigo de um programa especial.

Quanto ao embaixador de Cuba em Díli, Ramón Hernández Vásquez, membro do Comité Central do PCC, afirmou terça-feira à Lusa que "tudo o que havia a dizer" sobre o caso já foi dito.

Para o diplomata cubano, a situação dos médicos que pretendem fugir para os Estados Unidos é "apenas um caso de emigração económica".


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