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80 insuficientes renais em Portugal até existir hemodiálise no país
- 26-Jan-2008 - 19:30
Em Portugal vivem cerca de 80 cabo-verdianos que correm risco de vida caso voltem ao país de origem, onde é inexistente um serviço de hemodiálise, segundo números do Ministério da Saúde de Cabo Verde.
Este fim-de-semana, na capital de Cabo Verde, reúne-se o Conselho Nacional do PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), que sustenta o governo, tendo na agenda a eleição de um novo secretário-geral, já que o actual vive há cerca de quatro meses em Portugal, por sofrer de insuficiência renal.
Mário Matos, também o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, uma das figuras centrais do PAICV, é um dos cerca de 80 cabo-verdianos que não pode passar mais de três dias longe de uma máquina de hemodiálise e que por isso tem de viver em Lisboa.
O dirigente, aproveitando o facto de ter de viver em Portugal, vai ser o responsável pelas estruturas do PAICV no continente europeu, sendo substituído este fim-de-semana nos cargos políticos que ocupava.
A questão da hemodiálise em Cabo Verde é prioritária para o actual governo, disse à Agência Lusa o ministro da Saúde, Basílio Ramos, adiantando que o executivo está em negociações com o governo português e que em breve será assinado um protocolo para que, "no quadro de um período de 24 meses", possa haver uma unidade de hemodiálise na Cidade da Praia.
O protocolo deverá ser assinado no próximo mês, adiantou, garantindo que, dentro de dois anos, no máximo, estará montada na capital do país esse serviço de saúde, seguindo-se mais tarde outro no Mindelo, na ilha de S. Vicente.
Segundo Basílio Ramos existem cerca de 80 casos de cabo-verdianos com problemas renais, que são forçados a viver em Portugal devido à necessidade constante de purificação do sangue.
"Portugal vai dar um apoio substancial durante alguns anos para o funcionamento da hemodiálise em Cabo Verde. O dinheiro que se gasta com a permanência dos doentes em Portugal será transferido para cá, para esse apoio", disse ainda.
Numa entrevista recente ao jornal cabo-verdiano "A Semana" o ministro também já tinha dito que os serviços de hemodiálise e oncologia são prioritários no seu gabinete.
Cabo Verde e Portugal têm um protocolo que permite ao arquipélago mandar para Lisboa 300 doentes por ano, que não podem ser tratados no país. Portugal fica responsável por todos os tratamentos e internamentos e Cabo Verde pelas passagens e estada na capital portuguesa.
A maior parte dos casos encaminhados para Portugal diz respeito a oncologia, tendo o ministro na entrevista ao jornal expressado o reconhecimento pelo apoio português, que acontece desde a independência do país, em 1975.
O Orçamento do Estado cabo-verdiano de 2008 tem uma verba de cerca de 1,3 milhões de euros para envio de doentes para Portugal.
Fonte ligada à cooperação de Portugal com Cabo Verde disse hoje à Lusa que a questão da hemodiálise está a ser tratada como assunto prioritário e que deve ser um dos temas centrais de uma visita que o ministro da Saúde português fará este ano, em data a especificar, a Cabo Verde.

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