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Correia de Campos, repetente na Saúde, volta a não chegar ao fim
- 29-Jan-2008 - 17:23
António Correia de Campos, que dirigiu a pasta da Saúde pela segunda vez, volta a não chegar ao fim de uma legislatura e sai numa altura em que o fecho de urgências promete mais contestação.
António Correia de Campos regressou à pasta da Saúde em Março de 2005, cargo que ocupou durante menos de um ano no último governo socialista liderado por António Guterres.
Também na altura não chegou ao fim da legislatura, uma vez que Guterres se demitiu, levando a eleições antecipadas.
O encerramento de blocos de partos e, mais recentemente, de serviços de urgência, a criação de novas taxas moderadoras, a liberalização das farmácias, a despenalização do aborto e a lei do tabaco são as medidas mais emblemáticas da política de António Correia de Campos.
Nestes últimos três anos, o ministro contou com a mesma equipa de secretários de Estado - Francisco Ramos e Carmen Pignatelli - e mudou o nome a vários institutos do sector.
O fim do regime que limita a propriedade das farmácias aos farmacêuticos e a consolidação da venda de medicamentos que não precisam de receita médica fora destes estabelecimentos chegaram em 2006, agitando o sector do medicamento.
Ao nível dos cuidados de saúde primários, Correia de Campos marcou o sector com a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), uma nova forma de reorganização dos centros de saúde, com as quais pretendeu conseguir mais médicos de família para os 750 mil utentes que não os têm.
O fecho de vários blocos de parto e de serviços de urgência mereceram forte contestação dos autarcas e foram tema de vários protestos populares.
No final de 2006, Correia de Campos voltou a agitar o sector, ao anunciar, em entrevista à agência Lusa, a criação de novas taxas moderadoras para serviços que eram gratuitos para os utentes dos serviços públicos de saúde, como o internamento ou a cirurgia de ambulatório.
Com António Correia de Campos chegou a despenalização do aborto até às dez semanas, seguindo a vontade dos portugueses expressa por referendo.
O anúncio do apoio aos casais inférteis e da comparticipação dos tratamentos com recurso à Procriação Medicamente Assistida (PMA), feito pelo Primeiro-Ministro no Parlamento, e da inclusão da vacina contra o vírus que causa o cancro do colo do útero, foram medidas do ministro hoje exonerado e positivamente acolhidas pelos portugueses.
No mandato de Correia de Campos começou finalmente, em 2007, a funcionar o call-center da saúde, a Linha Saúde 24, que garante ter já evitado idas às urgências hospitalares de casos não urgentes, mas não está ainda contabilizado o seu impacto real.
O ano de 2008 começou com a entrada em vigor da legislação que proíbe o fumo nos recintos fechados e visa a protecção dos não-fumadores.
Antes de ser ministro, António Correia de Campos ocupou a presidência do Instituto Nacional de Administração e foi porta-voz do PS para a área da saúde na época em que Jorge Sampaio era secretário-geral do partido, em 1991.
Responsável pela elaboração do Livro Branco da Segurança Social durante o primeiro governo de António Guterres, Correia de Campos tinha integrado dois governos após o 25 de Abril: foi secretário de Estado da Saúde no executivo de Maria de Lurdes Pintassilgo e assumiu a Secretaria de Estado dos Abastecimentos no governo de Vasco Gonçalves, em 1975.
Ligado à Organização Mundial de Saúde, Correia de Campos foi durante muitos anos funcionário do Ministério da Saúde, onde chegou a secretário-geral.
António Correia de Campos aderiu ao PS nos anos 80 e colaborou logo na primeira candidatura de Mário Soares à Presidência da República.
Natural de Torredeita, Viseu, o novo ministro da Saúde acabou por se formar em Direito em Coimbra, onde foi presidente da Associação Académica, tendo-se especializado em administração pública na área da saúde.
Fez um mestrado em administração pública nos Estados Unidos e uma pós-graduação em administração hospitalar em França.

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