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RENAMO culpa mau funcionamento da justiça pelos linchamentos populares
- 4-Mar-2008 - 17:25
O presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, criticou hoje "o mau funcionamento das instituições de justiça" em Moçambique, considerando-o responsável pelos linchamentos registados no país.
Em declarações à Agência Lusa, o líder do principal partido da oposição em Moçambique afirmou que os linchamentos, que desde Janeiro já mataram cerca de 20 pessoas, reflectem a "frustração da população pelo mau serviço", que tem sido prestado pelas instituições de combate ao crime.
"Quando a população vê os mesmos criminosos a serem soltos pela polícia ou pelos tribunais, zanga-se e decide fazer justiça pelas próprias mãos", disse o líder da oposição moçambicana, para quem "alguns governantes, juízes e polícias estão misturados com os bandidos".
Para Dhlakama, a alegada partidarização do aparelho judicial e policial provoca o que considerou "justiça para alguns e a impunidade para os membros da força política no poder, a FRELIMO".
"Há membros da RENAMO que foram acusados de envolvimento em crimes, mas depois de comprados para se filiarem na FRELIMO, deixaram de ter problemas com a justiça. Isto é uma partidarização vergonhosa das instituições", acusou Afonso Dhlakama.
O líder da RENAMO referiu-se igualmente à insatisfação popular expressa no dia 05 de Fevereiro, em Maputo, e em manifestações subsequentes, bem como à crise nos transportes urbanos, censurando a decisão do executivo de compensar os transportadores privados pelos custos de combustível, como forma de evitar o aumento dos preços nos transportes.
"Isso é uma decisão ´ad hoc´, por que não ataca todos os problemas do povo e o Governo não terá capacidade para pagar compensações sempre que houver tumultos", afirmou Dhlakama, referindo-se aos distúrbios que se seguiram ao aumento dos preços dos transportes, medida que acabou por ser revogada no mesmo dia em que devia ter entrado em vigor, 05 de Fevereiro, devido à violência.
Dhlakama contestou a atribuição de um subsídio de transporte igual a todos os operadores, sustentando que a medida penaliza os transportadores que desenvolvem a sua actividade nos pontos do país onde o combustível é mais caro.
As compensações deviam também ser atribuídas aos transportadores que fazem carreiras entre as províncias e não apenas aos que operam nas cidades, pois aqueles prestam um importante serviço, assinalou o líder do maior partido da oposição moçambicana.
"Os transportadores inter provinciais, que permitem o fornecimento de bens a zonas que não podem produzir, também deviam ser compensados pelos altos custos de combustível", enfatizou Afonso Dhlakama.
Quanto dos protestos populares, com expressão máxima na revolta de que Maputo foi palco no último dia 05 de Fevereiro - com um balanço final de quatro mortos e 98 feridos -, o líder da RENAMO atribuiu-a à "má governação" do partido no poder.
"Esta situação péssima que o país vive é um exemplo da má governação da FRELIMO. Os jovens não têm emprego, não há uma política de habitação para as cidades nem de agricultura, há muita burocracia nos negócios que afasta os investidores", defendeu.
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