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«Angola é um país gerido por criminosos»
- 6-May-2008 - 21:23
O músico e activista Bob Geldof afirmou hoje em Lisboa que Angola é um país "gerido por criminosos", palavras que levaram o embaixador angolano na capital portuguesa a abandonar a sala, apesar de saber que é verdade. Geldof disse apenas o que, aqui no Alto Hama como noutros locais, tem sido dito e repetido até à exaustão sem que, contudo, tenha merecido alguma atenção.
Por Orlando Castro
Geldof disse apenas o que todos sabem, embora sejam poucos (sobretudo no âmbito da CPLP e com Portugal à cabeça) os que os têm no sítio a ponto de o afirmarem.
Bob Geldof falava esta manhã no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, na conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo Banco Espírito Santo e jornal Expresso, dedicando uma intervenção de cerca de vinte minutos ao tema "Fazer a diferença", no fim da qual o embaixador angolano, Assunção dos Anjos, abandonou a sala.
As verdades são duras e o embaixador não tinha outra solução. Não porque não saiba que é verdade, mas porque o capataz do reino angolano, Eduardo dos Santos, lhe paga para dizer que é mentira. E paga bem.
Quando se referia às relações históricas e culturais de Portugal com o continente africano - "vocês serão uma voz importante no século XXI", disse para a assistência, Bob Geldof fez uma pausa e virou o discurso para Angola.
"Angola é gerida por criminosos", acusou o organizador do Live Aid e Live 8.
"As casas mais ricas do mundo estão a ser construídas na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane", apontou, estabelecendo como comparação estes dois bairros luxuosos da capital inglesa.
Aqui no Alta Hama a frase tem sido: “Em Angola poucos têm milhões e milhões têm pouco ou nada”.
"Angola tem potencial para ser um dos países mais ricos do mundo", frisou Geldof, considerando que aquele país africano tem, designadamente, potencial para "influenciar as decisões da China".
Relativamente a Portugal, o músico irlandês considerou que o país deve ser um parceiro de Angola devido ao seu passado, e acrescentou que tanto Portugal como Espanha e Itália "serão os primeiros [países europeus] a sofrer o impacto de qualquer problema em África".
E Portugal deveria ter especial interesse em promover o "desenvolvimento em África", já que tem "uma economia muito vulnerável, uma economia que depende do clima e está paredes-meias com África, salientou. "Estamos (os cidadãos europeus) a 12 quilómetros de África", disse Geldof antes de questionar "Como podemos não nos questionar?".
Pois, como podemos não questionar? Não questionam porque o petróleo, os diamantes, os dólares compram quase tudo. Apenas por isso.
altohama@clix.pt
06.05.2008
http://altohama.blogspot.com
http://www.orlandopressroom.com

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