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Relações entre Luanda e Lisboa nunca estiveram tão boas
- 3-Oct-2008 - 15:53
Quem o diz, com um vasto conhecimento de causa, é o novo ministro das Relações Exteriores de Angola, ex-embaixador na capital portuguesa
O novo ministro das Relações Exteriores de Angola disse hoje que as relações entre Luanda e Lisboa "estão num ponto em que nunca estiveram" e garantiu que a polémica dos vistos "vai ser ultrapassada positivamente". Assunção Afonso dos Anjos, que foi embaixador de Angola em Lisboa até à semana passada, salientou que Portugal e Angola vivem actualmente "um novo paradigma" no seu relacionamento.
Por Ricardo Bordalo
da Agência Lusa
"Devo dizer que, como embaixador em Portugal até há bem pouco tempo, foi para mim gratificante ter participado neste erigir de um novo paradigma do relacionamento entre os dois países", afirmou.
Em entrevista à Lusa, Assunção dos Anjos sublinhou que a actual cooperação entre os dois países "não é estritamente comercial e económica, ela abrange todos os domínios da vida, tem inclusive um carácter humanista e tecnológico, com trocas de experiências na educação, saúde, novas tecnologias".
"É, de facto, um ponto muito elevado aquele que estamos a viver actualmente nas relações entre Portugal e Angola", frisou.
Sobre os atrasos na concessão de vistos, referiu tratar-se de "questões de carácter bilateral, que têm que ser alvo de um consenso e os dois países estão a trabalhar profundamente neste aspecto".
"Em diplomacia, na política externa, há uma questão que é fulcral, que é a reciprocidade de vantagens. Portanto, as questões como esta estão a ser vistas a nível dos governos", disse.
Assunção dos Anjos defendeu ainda que se "está a empolar um pouco esse aspecto", porque o que aumentou profundamente foram os pedidos de visto: "Há um aumento enorme e inusitado - de pedidos de vistos - e é preciso que os dois países estejam preparados", apontou.
"Mas esta questão está a ser devidamente ponderada pelos dois países e vão-se encontrar soluções positivas" para ultrapassar esta situação, adiantando que a amizade entre Portugal e Angola não vai ter nesta questão um obstáculo.
Notou também que a nova realidade das relações entre Luanda e Lisboa resulta de um "encontrar de laços" que "aproximam mais" os dois povos, apontando como essencial as "parcerias estruturantes", porque a cooperação com Portugal "ganhou em profundidade e em abrangência".
Lembrou ainda que, "por vezes, o relacionamento com Portugal tem um carácter muito afectivo".
"E, ou nós transformamos esse afectividade em sinergias para uma cooperação mutuamente vantajosa, ou temos que ser mais cerebrais, ir ao essencial, que é promover o estreitamento das nossas relações", disse.
O governante angolano entende igualmente que é necessária "uma maior aproximação para que essas pequenas questões - como a polémica dos vistos - que são, por vezes apenas `fait-divers´, não tenham razão de existir".
"E como é que se consegue isso? Aprofundando o conhecimento recíproco, aprofundando o conhecimento das idiossincrasias de cada um, o respeito por cada uma das culturas, o respeito pela postura de cada povo, enfatizou.
Sobre a focagem na área económica que as relações com Angola têm merecido, Assunção dos Anjos admitiu ser "inegável que as questões económicas, a nível internacional, ganharam uma importância muito elevada, mas a cooperação não se pode basear somente na imponderabilidade dos números, não pode ser apenas um balancear do relacionamento comercial".
Alertou ainda que "nenhuma relação é suficientemente profunda e duradoura se não estiver assente em profundos laços de solidariedade cultural, de conhecimento recíproco".
"E é isso que se pretende", frisou.

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