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Xanana Gusmão visita a Tailândia e a Coreia do Sul
- 5-Nov-2002 - 15:08
O presidente timorense Xanana Gusmão inicia quarta-feira a sua primeira visita oficial, enquanto chefe de Estado, à Tailândia, tendo previstos encontros com os principais responsáveis do país.
O presidente timorense Xanana Gusmão inicia quarta-feira a sua primeira visita oficial, enquanto chefe de Estado, à Tailândia, tendo previstos encontros com os principais responsáveis do país.
O líder timorense é esperado em Banguecoque na noite de quarta-feira, devendo ser recebido pelo chefe do governo e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros na quinta-feira, tendo ainda agendados encontros com representantes da Associação de Cooperação Cultural e Económica Tailândia-Timor-Leste.
Xanana Gusmão terá uma audiência com o rei Bhumibol Adulyadej, no seu palácio na zona turística de Hua Hin, acto que concluirá a sua visita à Tailândia. Parte para a Coreia do Sul no dia 9.
Num comunicado emitido hoje em Banguecoque, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês refere-se ao encontro previsto entre Xanana Gusmão e o chefe do governo daquele país, Thaksin Shinawatra, destacando a sua importância para a consolidação dos esforços de cooperação bilateral.
«Os contactos vão abranger a cooperação nas áreas de Agricultura e Saúde, entre vários outros aspectos, o que fortalecerá os laços entre os dois países», refere o comunicado.
Na sexta-feira, o chefe de Estado timorense participa numa conferência sobre o quinto aniversário da nova Constituição tailandesa, organizado pelo King Pokklao Institute, na qual tomarão também parte a presidente indonésia, Megawati Sukarnoputri, e o ex-presidente russo Mikhail Gorbachev.
Depois de um almoço com o presidente do Parlamento, Uthai Pimjaichon, Xanana Gusmão desloca-se a Ton Pao, uma aldeia modelo de promoção de produtos agrícolas locais, na zona de San Khamphaeng.
José Ramos Horta, que acompanhará Xanana Gusmão na visita à Tailândia, afirmou recentemente que a deslocação do líder timorense e da sua delegação está a causar «muita expectativa» em Banguecoque.
«Estou muito confiante no êxito da visita», disse Ramos Horta.
Da agenda da visita consta a possibilidade de um reforço do actual nível de apoio que a Tailândia já canaliza para Timor- Leste, com apostas especialmente nas áreas da Saúde e do desenvolvimento e aumento da produtividade do sector agrícola.
O governo tailandês poderá ainda apoiar na formação de quadros nas duas áreas, sendo agora necessário que «os ministérios respectivos, Educação e Saúde, preparem projectos concretos de cooperação».
Nos contactos a estabelecer entre as autoridades de ambos os países deverá ainda figurar a questão da participação de Timor- Leste na maior organização regional, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). A delegação timorense deverá solicitar apoio a Banguecoque para que Timor-Leste possa aderir à organização, com o estatuto de observador, «o mais rapidamente possível».
Numa primeira fase, e eventualmente já a partir do próximo ano, Timor-Leste quer ser «membro de pleno direito» do Fórum Regional da ASEAN (ARF), a principal estrutura de segurança da região, que inclui entre outros, os estados membros da ASEAN, a UE, Rússia, China e Japão.
Fazem ainda parte do Fórum a Austrália, Canadá, China, Índia, Mongólia, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Coreia do Norte e Papua Nova Guiné.
A ASEAN, por seu lado, agrupa a Birmânia, o Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname.
O único obstáculo à adesão de Timor-Leste à ARF deve-se a uma herança de 2000 quando, sob pressão da Índia, a ASEAN decidiu fechar a aceitação de novos membros, bloqueando assim o pedido do Paquistão, o eterno inimigo regional de Nova Deli.
«Pretende-se que a Índia levante as objecções. Não faz sentido a não adesão do Paquistão e muito menos a de Timor- Leste», disse.
Ramos Horta acredita que a situação se deverá alterar na reunião de 2003, que decorrerá no Cambodja, durante a qual poderão ser aceites quer o Paquistão quer Timor-Leste.
Da Tailândia, Xanana Gusmão visita a Coreia do Sul, onde participará na Conferência Mundial de Voluntários, dedicada este ano ao tema da reconciliação e da paz.
As deslocações do presidente timorense ao estrangeiro foram hoje aprovadas pelo Parlamento Nacional timorense, apesar da moção ter recebido 11 abstenções.
Na origem dessas abstenções terão estado comentários do deputado do PSD Leandro Isaac, que questionou as despesas com viagens ao exterior.
Fonte do gabinete de Xanana Gusmão garantiu que todas as despesas com transporte e acomodação para os dez elementos da comitiva de Xanana Gusmão foram pagas pelo governo da Tailândia.

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