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Governo reconhece existência de mais de mil armas no Parque Limpopo
- 20-Jun-2003 - 19:03
Mais de mil armas de fogo ilegalmente na posse de civis residentes no Parque Nacional de Limpopo (PNL), em Moçambique, vão ser recolhidas visando a segurança dos turistas.
O PNL, o "Krueger Parque", da África do Sul, e o "Gonarezhou Park", do Zimbabué, fundiram-se no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo (PTGL) em Novembro de 2002, com o objectivo de criar uma grande área eco-turística com uma extensão de 4,4 milhões de hectares.
Segundo o administrador do PNL, Gilberto Vicente, 10 por cento dos mais de dois milhões de turistas que visitam anualmente o "Krueger Park", um dos mais frequentados por veraneantes em África, poderão repartir-se pelo PNL e pelo "Gonarezhou Park", no âmbito daquela iniciativa, o que impõe a necessidade de medidas de segurança dos turistas.
Vicente acrescentou que foram recolhidas 33 armas de fogo a elementos da população civil nos últimos 12 meses, prevendo-se a recuperação de mais armamento, com o objectivo de tornar a área segura.
"Temos de assegurar que os turistas que irão visitar o PNL não corram nenhum tipo de riscos, que a proliferação de armas entre civis representa", sublinhou Vicente.
Um considerável número de armas de fogo foi distribuído pelas tropas governamentais da FRELIMO, (partido no poder há mais de 27 anos em Moçambique), durante os 16 anos de guerra, terminada em 1992, contra a antiga guerrilha da RENAMO, (hoje o maior partido da oposição em Moçambique), no âmbito das chamadas campanhas de "auto-defesa".
Gilberto Vicente acrescentou que, para acelerar o processo, a administração do PNL está a negociar com o Conselho Cristão de Moçambique (CCM), no sentido de esta estender a sua iniciativa "Troca de Armas por Enxadas" (TAE), àquele parque.
O CCM, que congrega várias organizações religiosas moçambicanas, lançou, logo depois do termo do conflito armado, uma campanha de troca de armas nas mãos de civis ou descobertas em esconderijos por alfaias agrícolas, o que permitiu a recolha de muitas armas, posteriormente transformadas em objectos de arte, algumas exibidas numa exposição promovida no Vaticano em 2002.
Vicente reconheceu que as acções de recolha de armas não têm sido pacíficas, pois a população local necessita delas para a caça, que constitui a sua principal fonte de sobrevivência, uma vez que a zona é árida e, por isso, imprópria para a agricultura.
"Agimos sempre na base de denúncias entre os próprios populares, até porque nunca esperámos uma entrega voluntária, pois o abate de animais com armas de fogo constitui o único ganha-pão da população local", afirmou.
Além de garantir segurança aos turistas que irão acorrer ao PNL, no âmbito do projecto trans-fronteiriço, o desarmamento da população civil visa igualmente preservar o movimento de animais do "Krueger Parque" , para o parque moçambicano, acrescentou Vicente.
No âmbito do repovoamento animal, até 1100 espécies bravias, incluindo zebras, girafas e elefantes serão transferidas do parque sul- africano para o lado moçambicano, no quadro da criação do PTGL.

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