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  Entrevista
Zamora Induta diz «não»
a militares estrangeiros

- 15-Apr-2009 - 17:32


Faltam meios na Guiné-Bissau para combater o narcotráfico

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) interino da Guiné-Bissau, Zamora Induta, disse hoje não compreender a necessidade de se pedir a presença de um contingente militar estrangeiro para o país. E se ele o diz... é porque tudo tende a continuar na mesma.


“Eu não sei, não vejo qual a necessidade, neste momento, nem consigo compreender qual seria a missão dessa força”, disse Zamora Induta quando questionado sobre o que pensa da hipótese da presença de um contingente militar estrangeiro na Guiné-Bissau.

Na sequência dos assassínios do Presidente João Bernardo ‘Nino’ Vieira e do Chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, no passado mês de Março, tem sido debatido nos fóruns internacionais e nalguns sectores guineense a possibilidade da presença de um contingente militar na Guiné-Bissau.

O Chefe do Estado-Maior General interino guineense considerou na entrevista à Lusa não ser da sua competência decidir a vinda ou não de qualquer contingente militar estrangeiro para a Guiné-Bissau, mas reiterou que "em sua opinião é uma diligência que não se justifica".

“Essas forças devem ter um mandato. Com uma missão clara. Nas circunstâncias em que estamos na Guiné-Bissau não consigo compreender essa necessidade”, disse Induta.

“Estamos em permanente concertação com o governo, há uma subordinação absoluta dos militares ao poder político. Em que quadro é que se podia pedir para que haja a presença dessa força”, questionou o CEMGFA interino guineense.

“Deve haver alguém que queira algo diferente daquilo que nós (militares) estamos a pensar, ou que nós queremos para este país que acha que é necessário que haja uma força”, defendeu Zamora Induta.

Instado a comentar as declarações do antigo primeiro-ministro, Aristides Gomes que defendeu que a melhor solução para a crise na Guiné-Bissau seria a extinção das Forças Armadas, Zamora Induta lembrou que “os militares antes de serem militares são cidadãos” guineenses, mas se o país achar desnecessária a sua missão, não haverá problema em se reconverterem, sublinhou.

“Os militares antes de serem militares são cidadãos deste país. É uma profissão. Para nós, é mesma coisa que ser carpinteiro e numa determinada altura deixar de exercer a carpintaria e passar a ser serralheiro”, afirmou o CEMGFA guineense.

Explicando-se melhor, Zamora Induta frisou que os militares estão a fazer o seu trabalho, até o dia em que o país entender que já não é necessário, passando estes soldados para uma outra profissão sem deixarem de ser guineenses.

O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, em visita a Portugal, em finais de Março, revelou que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO) estavam a preparar a constituição de um contingente militar para garantir a segurança na Guiné-Bissau.

José Maria Neves afirmou que desde a reunião ministerial da CPLP na Cidade da Praia, a comunidade lusófona desenvolve contactos com a CEDEAO, em coordenação com a União Africana (UA) e no quadro das Nações Unidas, para constituir um contingente a enviar para a Guiné-Bissau "desde que os guineenses assim o pretendam".

Por outro lado, o enviado da União Africana (UA) à Guiné-Bissau, o angolano João Bernardo Mirandao, defendeu terça-feira em Lisboa que o envio de uma força militar para a Guiné-Bissau depende da vontade soberana dos guineenses.

“Nenhuma decisão pode ser tomada ao arrepio da vontade soberana do povo guineense”, disse João Miranda, em declarações a jornalistas à margem de um seminário sobre investimentos em Angola.

“A possibilidade de envio de tropas foi uma posição manifestada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a UA espera tomar uma decisão em coordenação absoluta com as autoridades da Guiné-Bissau, que, apesar da situação em que se encontra, é um país soberano e as instituições estão a funcionar”, disse o ex-chefe da diplomacia angolana.

O Brasil foi outro dos países da CPLP que manifestou disponibilidade para participar nesse contingente militar desde que a sua presença fosse solicitada pelas autoridades guineenses.


Faltam meios para combater narcotráfico

Zamora Induta disse também que são precisos meios, coordenação e vontade nacional para combater o narcotráfico, sublinhando que os militares já estão a vigiar aparelhos suspeitos em todo o país.

“Nós precisamos de meios. Não se consegue combater esse fenómeno sem que haja meios”, afirmou o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) em entrevista à agência Lusa.

“Mexer com o tráfico é um fenómeno que envolve muito dinheiro, por isso é preciso que haja uma vontade nacional”, disse Zamora Induta, acrescentando ser ainda necessária a “interligação de todas as instituições nesse sentido”.

“Nas ilhas nós podemos deter, mas não temos competência de julgar e fazer mais”, exemplificou Zamora Induta.

“Nesse caso, teremos de remeter a aeronave para as autoridades competentes para o efeito. É preciso que haja uma coordenação e um interesse nacional em combater esse flagelo”, salientou o CEMGFA interino guineense.

Zamora Induta revelou também que pelo menos três ilhas do arquipélago dos Bijagós estão a ser utilizadas por aviões suspeitos, nomeadamente Bubaque, Orango e João Vieira.

“Isto tudo acontece por falta de autoridade de Estado nessas ilhas”, afirmou.

“Tive uma reunião com autoridades locais das ilhas e todos foram unânimes a afirmar que de facto há um problema grave”, disse.

“Até aqui não houve reacção das autoridades competentes para pôr cobro a essa situação”, sublinhou Zamora Induta.

Sobre as medidas que tomou para reforçar o controlo nas ilhas, o CEMGFA guinnense disse que na “ilha de Orango está um grupo com um bote e em coordenação com as autoridades locais vão controlar e saber a proveniência dos aviões”.

“Na ilha de João Vieira também temos uma unidade militar a vigiar com as autoridades locais”, referiu.

“Em Bubaque, continua uma unidade que lá tínhamos, mas que era direccionada para a fiscalização de pesca e agora vai fiscalizar também a aterragem de aeronaves”, salientou.

Segundo Zamora Induta, todos os militares têm ordem para apreender aeronaves suspeitas.
“Apreenderem, não há mais conversa. Apreender até estar clara a situação”, disse.

Em relação aos operadores turísticos da zona, Zamora Induta pediu para informarem as autoridades sobre os voos provenientes com turistas.

Sobre outros pontos da Guiné-Bissau, Zamora Induta disse que foi tomado “o mesmo procedimento que foi tomado em relação às ilhas”.

Disse ainda haver fortes suspeitas em relação a uma pista situada em Boé, no leste do país.

“Alguém a mando de não sei quem mandou limpar a pista. Ainda estamos a investigar e não posso avançar mais informações sobre isso, mas provavelmente era para a aterragem de aviões de narcotraficantes”, esclareceu.

“Mandámos encerrar o aeroporto e neste momento está controlado”, acrescentou.

A Guiné-Bissau tem sido referenciada como “placa giratória” da entrada de cocaína na Europa proveniente da América Latina.

As autoridades guineenses têm alegado falta de meios para combater o narcotráfico, tendo desde 2006 apenas apreendido pouco mais de uma tonelada de cocaína.

Segundo a ONU, o desenvolvimento da Guiné-Bissau tem sido comprometido devido à instabilidade política desde a guerra civil de 1998 e pela utilização do território para fazer entrar droga na Europa pelos cartéis latino-americanas.

As Nações Unidas consideram igualmente que as dificuldades sócio-económicas do país, o narcotráfico e outros crimes organizados fragilizam a capacidade de manter a paz e estabilidade no país.


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