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  Cultura
Os cabindas e a sua identidade sufocada por Luanda
- 9-Jul-2003 - 17:52

Os naturais de Cabinda têm identidade própria diferente da do resto de Angola. Esta foi a ideia central que norteou as intervenções sobre o tema “A identidade de Cabinda no contexto angolano”.


Por Moura Jorge
Jornal O Apostolado

De um modo geral, os participantes consideram que a cultura cabindesa está sufocada. Atiram as culpas para o Governo Angolano, que do seu ponto-de-vista não permite qualquer abertura, por exemplo para o estudo da “nossa história”. Na opinião de muitos dos presentes é necessário que a médio prazo seja leccionada nas escolas públicas a língua local Ibinda, que defendem ser a maior das expressões culturais do povo desta região.

A discussão sobre o resgatar da identidade, que de alguma forma supõem perdida ou usurpada, voltou a “aquecer” os ânimos. Daí as críticas ao Estado Angolano foi apenas um passo. Voltaram a ouvir-se pedidos de ajuda à comunidade internacional para se acabar com aquilo a que chamam de martírio do povo de Cabinda. Uma das mulheres deixou no ar a proposta: “queremos falar com o Governo Central para que acabe com a guerra, pois esta não é a nossa tradição. Este povo quer apenas a sua liberdade”, salientou.

CABINDA É UM POVO NÃO PORQUE QUER SER MAS PORQUE É.

Quando discorria sobre o tema em questão, o doutor Marcos Mavungo teceu duras críticas ao Estado português de então, devido àquilo a que chamou de “descolonização desastrosa, pois ela apenas obedeceu aos ditames da vontade das partes envolvidas nos acordos de Alvor”. Segundo o orador, foi por causa disso que os cabindas foram empurrados para um espaço geográfico-cultural compulsivo, deixando-os à sorte do mais forte “sem qualquer estatuto que os proteja”. Para Marcos Mavungo, “o novo estatuto ontológico-jurídico, que nasce com os acordos de Alvor, consiste em tornar o território de Angola e o de Cabinda num único corpo e em considerar os cabindas como um povo sem personalidade jurídica e moral. Do seu ponto-de-vista, por esta razão, apesar da OUA ter classificado Cabinda como o 39º Estado a descolonizar e Angola, 35º, o Estado angolano passou a ter fronteiras mais largas e ricas do que a descolonizada Província ultramarina portuguesa de Angola.

Numa oratória profundamente política, Marcos Mavungo não deixou de afogar as autoridades angolanas num saco de reprimendas ao considerá-las também culpadas do que diz ser um completo infortúnio de quem vive e é originário desta região. “O povo de Cabinda entrou numa única civilização angolana que, de resto, representa para os cabindas uma tarefa de destruição da sua sobrevivência como povo e hoje faz-se sentir a todos os níveis a tensão existente". Mavungo acrescentou ainda que o Governo angolano fez de Cabinda a sua colónia feudal e implementou uma política de espoliação sistemática e descontrolada das suas riquezas humanas e naturais. Diz que, “o Cabinda tornou-se instrumento de trabalho para alimentar o regime de Luanda – sustentar as suas guerras, o seu aparato partidário e elites, a mulher converteu-se num objecto sexual e a criança submeteu-se a manipulações ideológicas.”

A conferência “para uma visão comum para Cabinda” prossegue nesta quarta-feira com o tema “os direitos humanos, a sociedade civil e a sua capacidade de intervenção. O orador será o padre Raul Tati. Á tarde vai falar-se sobre a questão do petróleo, um tema que se espera bastante debatido e que alimentará certamente intervenções mais acaloradas. Depois da apresentação deste tema termina a conferência com um comunicado final e recomendações.


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