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Clã Eduardo dos Santos soma, multiplica e segue em Portugal
- 5-Nov-2009 - 17:25
Não seria preferível substituir as compras a retalho e comprar logo todo o país de uma só vez?
Fernando Teles, presidente do Banco Internacional de Crédito (BIC – Américo Amorim e Isabel dos Santos), de Angola, admitiu hoje que existe interesse na aquisição do Banco Português de Negócios (BPN), que será reprivatizado em 2010. Bem vistas as coisas, o clã Eduardo dos Santos é dono de grande parte de Portugal. Não seria preferível substituir as compras a retalho e comprar logo todo o país de uma só vez?
Por Orlando Castro (*)
Em entrevista à Reuters, Fernando Teles admitiu estar «a estudar a possibilidade» de lançar uma oferta pelo BPN, mas sublinhou que o BIC dificilmente estará sozinho na corrida ao banco. «Podemos não ser o único banco angolano a olhar para o BPN», afirmou.
O BIC, que tem entre os seus principais accionistas, Américo Amorim (o homem mais rico de Portugal com uma fortuna avaliada em 3,106 mil milhões de euros) e Isabel dos Santos (filha do presidente angolano cujo clã representa quase 100% do Produto Interno Bruto de Angola), poderá, assim, estar a encarar o BPN como o instrumento ideal para reforçar a sua presença em Portugal, país onde já tem operações.
Os investimentos angolanos no mercado de capitais português, que se restringem aos da Sonangol e de Isabel dos Santos, valiam 1813 milhões de euros no início de Setembro, o que representava três por cento do total da capitalização bolsista do principal índice do país, o PSI 20.
O parceiro de Isabel dos Santos no BIC, Américo Amorim, é dono da maior corticeira mundial e ambos estarão também ligados na maior empresa portuguesa, a Galp Energia.
A Amorim Energia, (titulada por uma entidade offshore, “Esperanza”), que tem mais de um terço do capital da Galp, é participada em 45% pela Sonangol, estando os restantes 55% repartidos por grupo Amorim, Caixa Galicia e duas entidades "offshore" anónimas, que se julga poderem estar ligadas à maior empresária angolana.
Acresce que a petrolífera angolana começou a comprar acções do BCP, detendo já dez por cento o que, ao valor de cotação de 1 de Setembro, valiam 424 milhões de euros. Mais recentemente, Isabel dos Santos, através da Santoro, ficou com os 9,7 por cento do BPI que estavam nas mãos do BCP.
Entretanto, embora isso seja irrelevante para o contexto macro-económico destes negócios, registe-se que 70% dos angolanos passa fome e que 40% dos portugueses para lá caminham.
Igualmente irrelevante é o facto de 45% das crianças angolanas sofrem de má nutrição crónica e de uma em cada quatro (25%) morrer antes de atingir os cinco anos. Em Portugal “apenas” 20% das crianças correm risco sério de pobreza.
No “ranking” que analisa a corrupção em 180 países, Angola está na posição 158. Portugal? Bem, Portugal está numa fase de “face oculta”.
(*) Serviço especial Alto Hama/Notícias Lusófonas
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