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Presidente da UA exige «restituição da ordem constitucional»
- 16-Jul-2003 - 12:30
O presidente da República de Moçambique e presidente da União Africana (UA) exigiu quarta-feira que os autores do golpe de Estado em S. Tomé e Príncipe "restituam a ordem constitucionalmente estabelecida o mais rapidamente possível".
"Condenamos o golpe e exigimos que os seus autores restituam a ordem constitucional", disse Joaquim Chissano, falando na Rádio Nacional de Moçambique.
Chissano afirmou ter recebido "com muita tristeza a notícia inesperada do golpe", tanto mais que na cimeira de Maputo, realizada entre 04 e 12 de Julho, "houve unanimidade de posições relativamente ao fim dos conflitos em África".
O presidente moçambicano condenou que os autores do golpe "não tenham usado recursos pacíficos para resolver os seus problemas", tanto mais que São Tomé e Príncipe é um país africano de língua oficial portuguesa (PALOP), membro da Comunidades dos Estados Africanos da África Ocidental (CEDAO), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União África Ocidental (UAO).
"Portanto, tinham quatro vias para tentar expor e resolver os seus problemas pela via do diálogo", disse Chissano, acrescentando que os responsáveis pela alteração constitucional em S. Tomé "ainda vão a tempo para resolver os seus problemas, libertando os presos e recorrendo a estas instituições".
Interrogado sobre as medidas que irá tomar, o presidente da UA disse que quinta-feira "o problema será debatido numa reunião da CPLP em Lisboa".
"Vamos começar por aí", disse, adiantando que vai também contactar com os países da CDAO e falar com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, sobre a questão.
Joaquim Chissano manifestou ainda a esperança de que o golpe de Estado se venha a resolver pacificamente.
"Espero que assim seja", concluiu.
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