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Governador do Banco Central admite subida das taxas de juro em 2010
- 2-Dec-2009 - 17:15
O governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, afirmou hoje, quarta-feira, que as perspectivas económicas para 2010 serão melhores do que as dos dois anos anteriores, mas admitiu como possível uma subida das taxas de juro.
Numa entrevista ao semanário cabo-verdiano Expresso das Ilhas, Carlos Burgo dava conta dos resultados e recomendações contidas no Segundo Relatório de Política Monetária/2009, que prevê para 2010 um crescimento económico entre os quatro e os cinco porcento e uma subida de dois pontos percentuais na inflação.
Carlos Burgo, que raramente dá entrevistas, lembrou que, a nível internacional, as taxas de juro estão "muito baixas", na sequência da crise económica mundial, e que, internamente, o arquipélago ficou com menos recursos.
"O que resulta daqui é que temos sinais de que pode haver uma ligeira tendência para aumento das taxas de juro a nível nacional, embora essa tendência seja contrariada pelo baixo nível das taxas de juro a nível internacional", sustentou.
O governador do BCV sublinhou que, se se tiver em conta apenas o crescimento económico, poderá haver a tentação de se concluir que a crise económica internacional poderá estar no fim, alertando, porém, que "não se pode ignorar" que persistem ainda muitos problemas por resolver.
"O desemprego continua alto (em Cabo Verde situa-se nos 18 porcento, segundo o Governo, ou nos 22 por cento, segundo a oposição) e a crescer de forma significativa nos países desenvolvidos. Por outro lado, as famílias estão num processo de «desendividamento», o que limita a procura", referiu.
"As condições de financiamento continuam desfavoráveis e receia-se que as próprias medidas de combate à crise possam comportar, a prazo, sérios riscos", alertou.
Para Carlos Burgo, a crise criou um "grande desafio", o de criar novas bases para o funcionamento do sistema financeiro, "cujos excessos estiveram na origem".
Sobre os efeitos da crise em Cabo Verde, Carlos Burgo disse que o país "não foi afectado directamente", mas admitiu que, com a desaceleração da economia, o negócio "cresceu menos" e a qualidade dos activos sofreu "alguma degradação".
Manifestando-se "optimista" para 2010, Carlos Burgo frisou, porém, que ninguém pode dormir descansado", uma vez que Cabo Verde tem ainda muitos desafios pela frente, exemplificando com a necessidade de melhorar a competitividade da economia, de forma a elevar o potencial de crescimento.
"Devemos também ter em conta a sustentabilidade da dívida pública (em 2010 será de 77 porcento do PIB, segundo dados oficiais). Isto é importante para a estabilidade da economia e para o futuro do país", sustenou.
"Mas quando se pede dinheiro emprestado, há sempre a questão da utilização que se lhe dá. Se se pede emprestado porque há necessidade e isso se traduz em benefícios para o país, então é uma boa opção", sustentou, para concluir:
"Neste momento, estamos a fazer um grande esforço de infra-estruturação e é compreensível que o país esteja a endividar-se. Temos é de garantir a boa qualidade desse investimento e de ter a certeza de que terá impacte no crescimento da economia.
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