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  CPLP
Bacai Sanhá garante (se é que isso
será possível) reestruturação militar

- 10-Apr-2010 - 18:16


Enquanto isso, dois em cada três guineenses continuam a viver na pobreza absoluta e uma em cada quatro crianças morre antes dos cinco anos de idade

O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanha, afirmou hoje que vai haver uma profunda reestruturação do Estado-Maior das Forças Armadas "para breve" e condenou os acontecimentos do passado dia 1. Disse, aliás, o que todos os presidentes têm dito e cuja duração é garantida até ao próximo golpe.


Em discurso à Nação dez dias após a intervenção militar e a detenção do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o Presidente guineense considerou que apesar “dos incidentes graves o país não pode parar e os guineenses não podem perder a esperança”.

“Dentro de breve vamos pensar em reorganizar o Estado-Maior das Forças Armadas. Temos que reorganizar o Estado-Maior para que fique completo, para que funcione e nos garanta a tranquilidade no país”, afirmou o chefe de Estado.

No seu discurso, o Presidente guineense defendeu um Estado-Maior que garanta a “continuidade do programa da reforma no sector de Defesa e Segurança, um instrumento indispensável para o futuro do país, condição fundamental para a estabilidade”.

Segundo o chefe de Estado, os acontecimentos do passado dia 1 são “condenáveis a todos os níveis”.

“Acontecimentos condenáveis a todos os níveis, porque pensávamos que o país nunca mais iria conhecerem esses acontecimentos. O que aconteceu é muito mau, mas não aconteceu o pior que nos possa levar a perder o rumo do país”, afirmou.

“Nestes tristes acontecimentos ninguém saiu beliscado fisicamente. Neste momento só estão presas duas pessoas, o almirante Zamora Induta e o coronel Samba Djaló”, afirmou o chefe de Estado.

“Nada de mal lhes aconteceu mais. Estão presos por razões da sua segurança. Quem os quer visitar pode fazê-lo. Estamos preocupados com o seu estado de saúde”, acrescentou.

Malam Bacai Sanhá pediu também à população do “interior do país” para não vir fazer manifestações a Bissau.

“Sabemos que a população lá onde está é solidária com os dirigentes do país”, disse.

“Exorto os guineenses a terem uma harmonia e as instituições do Estado devem ter uma voz única, têm que transmitir a mesma mensagem quer para dentro como para a fora do país”, pediu também o Presidente guineense.

O Presidente pediu também aos políticos do país para que “observem a contenção”.

“Que falemos menos e trabalhemos mais. Temos que contribuir mais para a estabilização do país, para que haja mais confiança entre nós”, afirmou.

No discurso, Malam Bacai Sanhá garantiu igualmente que o Estado está a “funcionar na plenitude”.

Bem vistas as coisas, Malam Bacai Sanhá disse hoje o que, curiosamente, afirmara em Lisboa no dia 22 de Março o militar que no dia 1 de Abril foi obrigado pela razão da força a deixar a chefia do Estado-Maior General das Forças Armadas.

"O fundo já foi criado e esperamos dentro dos próximos meses avançar para a segunda parte deste processo", disse Zamora Induta, referindo-se à reforma que prevê a redução dos efectivos, a modernização das infra-estruturas e o retorno à estabilidade no país, com o afastamento dos militares da vida política.

O dirigente militar guineense, que falava no final de um encontro com o ministro da Defesa Nacional de Portugal, Augusto Santos Silva, disse ainda que o processo, nomeadamente a estruturação do fundo, tem estado a ser acompanhado por uma missão da União Europeia.

Recorde-se (e sempre que se falar da Guiné-Bissau é aconselhável usar o termo recordar) que para Junho está (estava?) prevista a realização de um encontro de alto nível das Nações Unidas para angariar capitais para o fundo da reforma.

Além disso, a mesa redonda de doadores para o país, prevista para o Outono e considerada fundamental para o governo aplicar uma série de reformas ao nível da função pública, justiça e outros sectores, incluindo também defesa e segurança, depende também dos avanços desta reforma, nomeadamente a aprovação pelo parlamento do país de toda a legislação.

Recorde-se ainda que até ao surgimento de mais um capítulo, tudo isto é, afinal, a reedição de um filme já gasto de tanto ser usado. Vão mudando os protagonistas principais, mas o argumento é sempre o mesmo. Também a assistência (CPLP e companhia) é sempre a mesma.

Recorde-se que o director-geral dos Serviços de Informação do Estado (SIE) da Guiné-Bissau, coronel Antero João Correia, foi detido em Bissau por, ao que parece, se ter recusado a dar cobertura à alegada intentona golpista de 5 de Junho do ano passado.

Recorde-se que a morte de Hélder Proença e Baciro Dabó teria resultado dum tiroteio que se seguiu à resistência demonstrada por eles quando as forças da ordem, alegadamente, pretendiam detê-los pela sua suposta implicação na intentona.

Recorde--se que Kumba Ialá disse que "o senhor primeiro-ministro vai ter de explicar ao povo da Guiné-Bissau quem matou Hélder Proença, Baciro Dabó, Tagmé Na Waié e o general João Bernardo Nino Vieira. Catorze pessoas que morreram durante o seu mandato".

Recorde-se que na Guiné-Bissau nenhum candidato, nenhum presidente acabou o seu mandato e em 15 anos o país já teve seis presidentes.

Recorde-se que o coronel Antero João Correia, antigo comandante-geral da Polícia, teria sido detido por ordens do então interino chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Zamora Induta, depois de se recusar a assinar o comunicado do SIE que anunciava a neutralização da alegada tentativa de golpe de Estado.

Recorde-se que esta recusa teria obrigado os mentores do plano a confiar a assinatura do documento ao director-geral adjunto dos SIE, coronel Samba Djaló, que foi apontado como uma pessoa "muito próxima" (pudera!) de Zamora Induta e seu representante a nível do Ministério do Interior que tutela os SIE.

Por fim, recorde-se que dois em cada três guineenses vivem na pobreza absoluta e uma em cada quatro crianças morre antes dos cinco anos de idade.


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