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  CPLP
Angola sem paciência para pôr ordem
nas constantes crises da Guiné-Bissau

- 15-Apr-2010 - 17:02


Ministro guineense da Defesa afirmou hoje em Luanda que a sua visita a Angola não visa “pedir a presença de forças armadas angolanas”. Será? As dúvidas continuam

Angola está a ficar sem paciência para as sucessivas crises na Guiné-Bissau e já congelou alguns dos investimentos que estava a fazer no país, afirmou hoje o coronel Luís Saraiva, em Lisboa, na conferência internacional "A política externa de Angola no novo contexto internacional". Como esperado, a situação na Guiné-Bissau, resultante do golpe militar do passado dia 1, esteve em destaque.


"Angola começa a mostrar alguma impaciência com as recorrentes crises na Guiné-Bissau", disse este especialista português em relações internacionais, acrescentando que Luanda "parou imediatamente" com os investimentos após a crise de 1 de Abril.

"No âmbito dos acordos de cooperação para o investimento e o desenvolvimento que os dois países assinaram, foi dito que era necessário haver estabilidade porque para as negociações serem viáveis tem de haver controlo nas Forças Armadas e boa governação", defendeu.

O coronel Luís Saraiva indicou que Angola prometeu um investimento entre os 500 e os 700 milhões de dólares (369 e 517 milhões de euros) no Porto de Buba e 321 milhões de dólares (237 milhões de euros) na exploração de bauxite.

Além disso, Luanda está disponível para investir cerca de seis milhões de dólares na reforma da comunicação social guineense e a Sonangol está interessada na exploração de petróleo na Guiné-Bissau.

"Angola é o país que mais tem incrementado os investimentos na Guiné-Bissau", afirmou, acrescentando que "sem garantias de segurança tudo indica que Luanda não vai apoiar o desenvolvimento guineense".

Na sua intervenção, Luís Saraiva referiu-se também à cooperação técnico militar entre os dois países, que assinaram também vários acordos com vista à reforma das forças armadas.

"Embora haja um poder formal do Governo, o poder da Guiné-Bissau está ainda nas mãos das chefias militares", sublinhou.

Para o especialista, é aqui "que reside o problema": o "controlo democrático das Forças Armadas".

"O Governo da Guiné não tem a possibilidade de se impor porque o poder está nas mãos dos quartéis", afirmou.

Também presente na conferência, o professor Manuel Ennes Ferreira defendeu que Angola tem uma atitude solidária para com os restantes países lusófonos, mas nada mais do que isso.

"A partir dos anos 90, com a abertura das economias, o que me parece é que a atuação económica de Angola junto aos outros PALOP não é mais do que um meio de afirmação política externa angolana", disse.

Ministro da Defesa da Guiné-Bissau em Luanda

Entretanto, o ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Aristides Ocante da Silva, afirmou hoje em Luanda que a sua visita a Angola não visa “pedir a presença de forças armadas angolanas” na Guiné-Bissau.

“Estamos ainda a controlar a evolução dos acontecimentos (recente intervenção militar). E neste momento não temos ainda em cima da mesa a possibilidade de uma ida das tropas”, disse, após um encontro com o seu homólogo angolano, Cândido Pereira Van-Dúnen.

O governante guineense afirmou ainda: “Estamos a evocar a questão de fazer com que as nossas forças armadas sejam melhor estruturadas, modernizadas e mais capazes de responder às missões”.

Os dois governantes encontraram-se hoje, mas o acordo de cooperação no domínio da defesa entre a Guiné-Bissau e Angola, cuja assinatura estava prevista para hoje de manhã depois de já ter sido adiado na quarta-feira, não foi ainda rubricado por “razões técnicas”.
Em declarações à imprensa no final das conversações, Cândido Pereira Van-Dúnen disse que o acordo vai ser assinado “no tempo achado pertinente, enquanto durar a presença do ministro da Defesa da Guiné-Bissau em Angola”, até sábado.

Cândido Pereira Van-Dúnen disse que o acordo a ser rubricado diz respeito à cooperação em várias áreas.

“Não estamos a falar nem literalmente, nem única e exclusivamente da formação de militares”, disse o governante angolano, acrescentando que prevê igualmente aspectos relacionados com o processo da desminagem, a participação das forças militares em operações de manutenção da paz e cooperação no domínio da política de defesa e a saúde militar.

O ministro angolano disse ainda que não há razão para se interpretar a presença de Aristides Ocante da Silva com a situação de instabilidade político-militar que se vive na Guiné-Bissau.

“Estamos a dizer que o acordo vem de procedimentos antecedentes e será por coincidência assinado em Angola pelo facto de estarem criados esses pressupostos”, frisou.

Por sua vez, o ministro da Defesa da Guiné-Bissau disse que o acordo, que será assinado entre os dois países, poderá contribuir para a modernização das forças armadas da Guiné-Bissau e para “uma maior e mais eficaz” capacidade de intervenção no plano nacional, sub-regional e internacional.

Segundo Aristides Ocante da Silva, neste momento as forças armadas continuam a ser comandadas por instruções políticas, estando neste momento vago o cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

A análise da CPLP

O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu hoje que o único crime que o Chefe de Estado Maior da Guiné-Bissau cometeu foi acreditar que podia lutar contra o crime organizado.

"O Chefe de Estado-maior (Zamora Induta) cometeu um único crime: acreditar que conseguia unir todas as forças militares contra o crime organizado", disse Domingos Simões Pereira.

O secretário executivo da CPLP falava na conferência internacional "A política externa de Angola no novo contexto internacional".

Domingos Simões Pereira sublinhou que a Guiné-Bissau "vive um momento muito complicado", que resulta "do facto de o crime organizado ter escolhido aquele espaço para se instalar".

Na semana passada, o departamento Federal do Tesouro dos Estados Unidos anunciou ter cancelado os bens do general Ibraima Papa Camará, chefe do Estado-Maior da Força Aérea guineense, e do contra-almirante Bubo Na Tchuto, ex-Chefe da Armada, por alegadamente os dois estarem envolvidos no tráfico de droga.


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