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using defalts layout Numa entrevista à Agência Lusa, o ministro da Saúde, Arlindo Carvalho, admitiu ter informações de que os doentes internados estão a ingerir comprimidos sem água e com problemas em fazer a higiene pessoal.

"Se a água não corre de forma regular, há alguma dificuldade em manter-se a higiene necessária para que o hospital funcione conforme a exigência sanitária mundial", disse o ministro.

Arlindo Carvalho caracterizou a situação de "deplorável" e diz ter alertado o Governo para o risco que os doentes correm numa das reuniões do Conselho de Ministros.

O ministro acusou a EMAE - Empresa de Água e Electricidade de São Tomé e Príncipe de nada fazer para travar a onda de vandalismo na conduta de água do centro hospitalar.

"Houve uma adopção directa para o hospital, mas a água foi desviada de forma ilegal para residências privadas. Isto tem a ver com a desordem que o país enfrenta", precisou Arlindo Carvalho.

O ministro disse ter defendido um sistema de canalização directa para o hospital registado em nome do Ministério da Saúde.

"Se isso for legal, estamos em condições de mobilizar fundos externos para esse tipo de cenários que envolvem técnicos da EMAE", adiantou o ministro.

A nível da cooperação com Espanha, o Governo aplicou em Março cerca de 60 mil euros para tentar minimizar a situação no maior centro de saúde do país.

"Isto é uma situação que nada tem a ver com os profissionais de saúde", disse o ministro, que garantiu ter disponibilizado meios aos bombeiros para colocarem água no hospital de forma regular.

"Esperamos que o Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente, através da (EMAE), possa encontrar uma solução para o problema da crise de água no hospital", sublinhou.

Arlindo Carvalho disse ainda ter informações de que o Governo importou equipamentos para abastecer o hospital com água de forma regular a partir de uma conduta próxima.

No entanto, disse que não há evidências de o hospital estar a ser abastecido com água.

De acordo com o ministro da Saúde são-tomense, o sector precisa de, pelo menos, 123 mil euros por mês para fazer funcionar o sistema de saúde, mas o Governo apenas consegue disponibilizar 40 por cento.

Desse valor, cerca de 30 por cento vai para alimentar os doentes e outra parte custeia o envio dos doentes para Portugal, acrescentou Arlindo Carvalho.