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Embaixador José Gregori deixa Lisboa a 20 de Agosto
- 13-Aug-2003 - 16:25
A celebração do acordo que permite a legalização de milhares de brasileiros em Portugal marcou o trabalho do Embaixador do Brasil em Lisboa, José Gregori, cargo que deixa de desempenhar no próximo dia 20. José Gregori, que esteve à frente da embaixada brasileira em Lisboa durante ano e meio, será substituído pelo ex-líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB, na oposição) e ex-deputado António Paes de Andrade.
Em declarações à Agência Lusa, o ainda embaixador do Brasil em Lisboa realçou a sua participação nas conversações com o Governo português, que tinham como objectivo resolver a situação dos imigrantes brasileiros ilegais em Portugal.
O Acordo sobre Contratação Recíproca de Trabalhadores, assinado no passado dia 11 de Julho, durante a visita de Estado do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a Portugal, permite aos brasileiros residentes em Portugal a regularização da sua situação através da obtenção de um visto de trabalho num dos consulados de Portugal no exterior, designadamente nos situados nas cidades espanholas de Vigo ou Sevilha, os mais próximos.
Fazendo um balanço da sua actividade diplomática, o ex- ministro da Justiça e ex-secretário dos Direitos Humanos destacou também a conversa permanente que manteve com os investidores portugueses no Brasil, aquando das eleições presidenciais brasileiras, em Outubro de 2002.
Explicou que, na altura, os portugueses manifestaram-se preocupados com a situação política brasileira.
"Disse aos portugueses que a democracia brasileira era suficientemente sólida para absorver o sentido positivo da vitória de qualquer um dos candidatos", sustentou.
"Acho que diplomaticamente consegui convencê-los de que os temores eram infundados e não haveria nenhum tipo de ruptura na interrupção do fluxo e acolhimento do investimento português no Brasil", frisou.
Realçando "a grande aposta dos empresários portugueses no Brasil", José Gregori considerou esses investimentos como um dos factores mais relevantes no relacionamento entre os dois países.
A nível cultural, o embaixador brasileiro em Lisboa salientou a criação da primeira cátedra Brasil/Portugal em Ciências Socais, tendo sido assinado, em Junho, um protocolo entre a Universidade Estadual de Campinas e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
O programa da cátedra Brasil/Portugal, com a duração de quatro anos, prevê a estada (em anos alternados) de um professor brasileiro em Portugal e de um professor português no Brasil.
O ex-ministro da Justiça referiu igualmente que "durante a sua permanência em Lisboa sempre deu "cobertura, sem excepção, a todos os artistas brasileiros que vieram a Portugal".
Destacando o facto de ter recebido duas visitas presidenciais, em Novembro de 2002 a de Fernando Henrique Cardoso e em Julho de 2003 a de Lula, José Gregori disse ainda que conviveu com todos os sectores das comunidades portuguesa e brasileira em Portugal.
Quando deixar Lisboa, o ainda embaixador brasileiro vai "fazer parte da família militante da causa Brasil/Portugal", pretendendo fazer algo, a nível da sociedade civil, para fortalecer essa união, além de continuar a luta pelos direitos humanos.
Ao futuro embaixador, José Gregori apelou para que aposte na constituição de uma aliança entre Portugal e Brasil.
"Os dois países deveriam transformar a amizade fraterna numa aliança corporativa", sendo "a paz, o desenvolvimento e o combate à fome as grandes questões que Portugal e Brasil deveriam tratar a uma única voz", sustentou.
António Paes de Andrade deverá apresentar as credenciais ao Presidente da República, Jorge Sampaio, a 22 de Agosto.
Advogado e professor, Paes de Andrade, 76 anos de idade, foi eleito presidente de honra do PMDB em Fevereiro deste ano.
Natural de Mombaça, no Ceará, onde exerceu o mandato de deputado estadual por três vezes, foi eleito deputado federal durante sete mandatos e foi um dos fundadores do PMDB, partido que liderou de 1995 a 1998.
Na qualidade de presidente da Câmara dos Deputados, exerceu em várias ocasiões a Presidência da República do Brasil no ano de 1989, quando o então chefe de Estado José Sarney se ausentava do país.
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