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Brasil e Portugal prometem dar novo alento à Lusofonia
- 13-Nov-2002 - 9:56

Fernando Henrique Cardoso afirmou, em Lisboa, que a consolidação da democracia permitiu ao Brasil alcançar a estabilidade económica. Talvez por isso, os investimentos portugueses no gigante da América do Sul tenham atingido os 146 milhões de euros no primeiro semestre do ano. O actual presidente brasileiro considera ainda que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) é «um instrumento essencial de cooperação para garantir a igualdade entre os povos e a soberania e um compromisso de fraternidade e solidariedade». Esperemos pelos actos, desde logo porque as palavras estão certas.

Fernando Henrique Cardoso explicou, num almoço da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, perante uma plateia composta por 300 participantes dos dois países, entre políticos e empresários e durante a qual foi homenageado com o prémio «Personalidade do Ano» 2001 como se constrói o presente.

O BRASIL SEGUNDO O SEU PRESIDENTE

O chefe de Estado brasileiro, ressaltando que o Brasil já «consolidou as suas instituições democráticas», reiterou aos empresários portugueses a sua confiança na manutenção da tranquilidade nas relações entre os dois países, a partir de Janeiro do próximo ano, quando tomará posse o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora as eleições tenham sido vencidas por um candidato da Oposição, o presidente considerou que o Brasil é hoje um país com instituições fortes e que respeita as leis e os contratos.

«O Brasil é um país democrático, onde os impulsos não se impõem à vontade da lei», sustentou Fernando Henrique Cardoso que hoje termina a sua visita a Portugal.

Sobre o momento político actual, o chefe de Estado brasileiro disse ainda que «jamais voltaremos ao passado», relembrando o período da ditadura. «Hoje atravessamos uma fase de renovação», explicou, embora tenha reconhecido que «existe alguma especulação», que se diluirá com o tempo. O presidente do Brasil salientou também que o seu país é de «matriz cultural portuguesa» e, por essa via, herdou «a plasticidade» da mobilidade dos portugueses, apoiada numa Europa de valores democráticos e humanistas.

Fernando Henrique Cardoso alertou ainda para o facto de haver poucos interesses brasileiros em Portugal. Num discurso emocionado, o presidente do Brasil apelou aos empresários portugueses para que continuem a investir no país.


PORTUGAL PROMETE CONTINUAR A RESPONDER À CHAMADA

Os investimentos portugueses no Brasil atingiram os 146 milhões de euros no primeiro semestre do ano, segundo dados do ICEP - Investimento, Comércio e Turismo de Portugal.


Segundo o estudo do ICEP, este valor representa uma redução de 57,7% face ao mesmo período do ano passado, quando o volume de investimento atingiu 345 milhões de euros.

Essa redução, na avaliação do ICEP, «resulta directamente do cenário político e económico vivido pelo Brasil, além da crise dos mercados financeiros e da menor dinâmica da economia mundial no primeiro semestre de 2002».

Segundo o estudo, os investidores aguardam a definição do novo Governo eleito em Outubrol, a estabilização cambial e o retorno do consumo e da actividade industrial para reiniciarem os seus investimentos.

«A queda do volume de investimentos portugueses neste mercado deverá ser considerada natural, tanto mais que os investimentos portugueses no Brasil atravessam uma fase de maturação, cuja sustentação financeira advém cada vez mais dos lucros gerados ou da captações de recursos financeiros no mercado brasileiro, do que propriamente de investimentos das suas sedes em Portugal», refere o estudo.

No mesmo período, o volume de investimento directo estrangeiro (IDE) no Brasil atingiu 9,8 mil milhões de euros, face aos 9,3 mil milhões de euros registados no primeiro semestre de 2001.

Citando projecções do Banco Central (BC), o relatório do ICEP sublinha que o IDE no Brasil deverá atingir em 2002 cerca de 17 mil milhões de euros face aos 21 mil milhões de euros registados em 2001.

Apesar da queda do volume de investimento português no Brasil, no primeiro semestre, o relatório do ICEP destaca alguns projectos anunciados por investidores portugueses no período em análise.

Um deles foi a aquisição da Cimento Brumado, do grupo Lafarge, na Baía, pela Cimpor, por 55,6 milhões de euros.

Outro é o investimento de sete milhões de euros pelo grupo Oasis Atlântico na construção de um complexo hoteleiro, com 257 apartamentos e 255 quartos, no Nordeste do país.


«FUTURO DA CPLP É UMA VISÃO DE ESTADO E NÃO DE GOVERNOS»

A continuidade e o desenvolvimento da CPLP é uma visão de Estado e não de governos, afirmou em Lisboa Fernando Henrique Cardoso, manifestando a convicção de que o seu sucessor vai apoiar os projectos da Comunidade.

Durante a reunião extraordinária do Comité de Concertação Permanente (CCP) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Fernando Henrique Cardoso destacou que não tem qualquer procuração para falar em nome do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, mas manifestou a convicção de que «se a CPLP mudar, será para melhor».

Lula, em declarações feitas no início de Outubro, ainda enquanto candidato, defendeu o fortalecimento da CPLP e manifestou a intenção de visitar Angola e Moçambique caso fosse eleito, defendendo que «o Brasil deve virar-se para África explorando os laços étnicos e culturais existentes e construindo relações económicas e comerciais».

Fernando Henrique ressaltou que a CPLP é «um instrumento essencial de cooperação para garantir a igualdade entre os povos e a soberania e um compromisso de fraternidade e solidariedade».

O presidente afirmou que a CPLP vai enfrentar no futuro momentos difíceis porque «há mudanças bruscas no cenário internacional» que são incontornáveis, mas que os tempos mais conturbados da comunidade, criada em 1996, «já passaram».

Destacando que vai deixar a Presidência brasileira dentro de semanas, o ainda chefe de Estado garantiu que vai continuar preocupado e apoiando os países lusófonos.

Falando em nome do CCP, o embaixador de Angola em Lisboa, Osvaldo Serra Van Dunem, prestou homenagem ao presidente brasileiro destacando a forma como conduziu os destinos do seu país e a importância da cooperação bilateral entre o Brasil e os restantes estados que integram a CPLP - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Depois de Inglaterra, o presidente brasileiro viaja para a República Dominicana, onde nos dias 15 e 16 deste mês acontece a 12ª Cimeira Ibero-Americana, na qual participarão o presidente e o primeiro-ministro portugueses, respectivamente, Jorge Sampaio e José Manuel Durão Barroso.

MANUEL GILBERTO

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