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using defalts layout Entrou no avião rumo a Lisboa, olhou pela última vez para a sua cidade e não teve vergonha de esconder os olhos que se suicidavam num abismo de lágrimas. Logo aí começou, numa espécie de diário em forma de verso, a registar a alma que fecundava a dor, tanta dor. Parte dessa dor é visível neste livro.




Serão com certeza muitos os que farão um regresso ao passado, lendo e sentido esta vida que, quase meio século depois, continua a tentar (com pouco êxito) dobrar as esquinas.

Sobre o autor, José Filipe Rodrigues (poeta e contista natural do Huambo e residente nos Estados Unidos) que foi seu amigo e colega de muitas coisas, entre as quais as aulas no Liceu Nacional General Norton de Matos (Nova Lisboa), diz:

«Enquanto nos iniciávamos nas artes literárias, no jornal “A Voz dos Mais Novos” do liceu de Nova Lisboa (Huambo), já o Orlando escrevia num jornal de distribuição por toda a Angola. Foram os primeiros passos do Orlando numa avenida que iria desaguar numa carreira de jornalista.

O Orlando era o poeta que as raparigas do liceu olhavam com admiração e os “cabeças de maboque” não entendiam. Ele era o sakanjuer que com o seu canto ajudava a acordar o amanhecer nos nossos dias de adolescência.

Essa descoberta para o uso das palavras, nas emoções e no combate às injustiças sociais, foi em grande medida catalisada por três professores do liceu no Huambo, que hoje em dia continuam a ser o nosso farol das marés em que navegamos.

De exigência e competência elevadas, as irmãs professoras Dárida e Dorinda Agualusa e o professor José Fernandes Duarte (o “pelinha” ou o “pele vermelha” como o alcunhámos) desafiavam os alunos a conduzirem as suas naves muito para “além das anharas do planalto central, das águas do nosso mar, das praias do nosso rio Kurimahala” e a considerar cada chegada como o início de uma nova partida.»

Sobre o autor, José Filipe Rodrigues (poeta e contista natural do Huambo e residente nos Estados Unidos) que foi seu amigo e colega de muitas coisas, entre as quais as aulas no Liceu Nacional General Norton de Matos (Nova Lisboa), diz:

«Enquanto nos iniciávamos nas artes literárias, no jornal “A Voz dos Mais Novos” do liceu de Nova Lisboa (Huambo), já o Orlando escrevia num jornal de distribuição por toda a Angola. Foram os primeiros passos do Orlando numa avenida que iria desaguar numa carreira de jornalista.

O Orlando era o poeta que as raparigas do liceu olhavam com admiração e os “cabeças de maboque” não entendiam. Ele era o sakanjuer que com o seu canto ajudava a acordar o amanhecer nos nossos dias de adolescência.

Essa descoberta para o uso das palavras, nas emoções e no combate às injustiças sociais, foi em grande medida catalisada por três professores do liceu no Huambo, que hoje em dia continuam a ser o nosso farol das marés em que navegamos.

De exigência e competência elevadas, as irmãs professoras Dárida e Dorinda Agualusa e o professor José Fernandes Duarte (o “pelinha” ou o “pele vermelha” como o alcunhámos) desafiavam os alunos a conduzirem as suas naves muito para “além das anharas do planalto central, das águas do nosso mar, das praias do nosso rio Kurimahala” e a considerar cada chegada como o início de uma nova partida.»

Para além de o encontrar na Feira do Livro e poder conversar com o autor, pode também adquiri-lo online AQUI