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Luso-americana é factor imprevisível nas eleições presidenciais
- 3-Sep-2003 - 19:31
Se tudo correr como o senador do Partido Democrático pelo estado de Massachussets, John Kerry deseja, a luso-americana Teresa Heinz será a primeira-dama dos Estados Unidos em Janeiro de 2005.
Por José Pestana
da Agência Lusa
Kerry anunciou, terça-feira, oficialmente a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, uma formalidade mas que nos próximos meses deverá chamar mais uma vez a atenção dos meios de informação para a sua mulher Teresa, a multimilionária herdeira da fortuna Heinz, com mansões em diversas partes dos Estados Unidos e jacto privado com o nome de "Esquilo Voador".
Nascida em Maputo, Moçambique no Maputo, filha do conhecido médico Simões Ferreira, a mulher do candidato presidencial democrático estudou na Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, África do Sul, indo mais tarde para a uma escola de interpretes na Suíça onde conheceu John Heinz, o único herdeiro da fortuna Heinz com quem viria a casar e de quem teve três filhos.
Heinz era senador republicano pelo estado da Pennsilvania quando morreu em 1991 num desastre de helicóptero.
Teresa casou-se, em 1995, com John Kerry uma das mais proeminentes figuras da ala liberal do Partido Democrático.
Teresa Heinz Kerry, de 64 anos, não é uma figura estranha dos meios de informação americanos que no passado recente e mais particularmente desde que a candidatura de Kerry se tornou numa possibilidade, têm escrito longos artigos sobre a personalidade da luso/moçambicana-americana cuja tendência de evitar as subtilezas da linguagem politica e diplomática têm feito assustar os peritos de relações publicas do Partido Democrático.
O seu trabalho filantrópico deu-lhe a alcunha de "Santa Teresa" no estado da Pennsivalnia e todos os anos a Fundação Heinz, a que preside, dá prémios de 250 mil dólares a cientistas, médicos e artistas.
Mas a imprensa tem prestado mais atenção às suas declarações e à sua personalidade que um dirigente do Partido Democrático já descreveu com ar preocupado como "um canhão descontrolado".
Num artigo publicado o ano passado pelo Washington Post, o jornalista Mark Leibovich descreveu-a como sendo ao mesmo tempo "dura, quente e ligeiramente amarga, solene e melodramática mas sempre, sem falha, inteligente, original e provocadora".
Esse artigo com o título "O Coração da Política: Uma mulher, dois senadores e ambições presidenciais", foi um desastre para Teresa Heinz e para o Senador John Kerry forçando-o a contratar um antigo jornalista para "administrar" os seus contactos com os meios de comunicação.
No artigo Teresa Heinz Kerry refere-se constantemente ao falecido John Heinz como "o meu marido" mesmo na presença de Kerry com quem tem discussões acesas na presença do jornalista e a quem lembrou uma vez - segundo o artigo - "esta não é a tua casa".
A impressão que a multimilionária era a personalidade dominante no casal tinha sido reforçada pela sua recusa em assumir o apelido do novo marido, o que aconteceu apenas há alguns meses.
Numa entrevista dada este ano à revista Elle, Teresa Heinz Kerry referiu-se à controvérsia em torno do seu apelido como uma questão "política" que "não vale uma merda" .
"Há outras questões com que me preocupar", acrescentou afirmando que "pessoal e profissionalmente" será sempre Teresa Heinz.
"Há a suposição que não se pode amar mais de uma pessoa. Mas veja que as mães amam muitos filhos ao mesmo tempo. Se se cresce com alguém e se se ama esse alguém claro que se sente a falta dessa pessoa. Ele ensinou-me tudo sobre a vida. Deu-me três filhos. Que diabo, claro que vou ama-lo sempre," disse em referência ao seu primeiro marido.
Nesse artigo, escrito pela jornalista Lisa DePaulo, Teresa Heinz Kerry revelou que antes de se casar com Kerry os dois assinaram um acordo legal sobre a divisão de fortunas em caso de separação.
DePaulo fez notar que muitas vezes em discursos do seu marido Teresa apresenta um ar enfadado e "sabe-se que muitas vezes no meio de um discurso lhe toca no braço para o corrigir".
A jornalista da ELLE disse que, embora o casal esteja constantemente envolvido em disputas, "não se pode deixar de notar os imensos laços que os ligam sem mencionar a atracção sexual que existe entre os dois".
Nessa reportagem Teresa Heinz Kerry é citada como tendo dito que "não teria aguentado tão bem" como a antiga primeira dama Hillary Clinton, as infidelidades do seu marido.
A luso/moçambicana-americana disse que tinha uma vez afirmado ao seu falecido marido que lhe faria "uma amputação" se o apanhasse com outra mulher algo que levou o novo homem das relações publicas a lembrar mais tarde à jornalista que essa declaração tinha sido "uma piada".
Na entrevista, Teresa Heinz Kerry não pôs de parte a possibilidade de se submeter a uma cirurgia plástica para melhorar a sua aparência.
A jornalista disse que "ouvir Teresa falar é receber uma lição em questões grandes e pequenas", uma pessoa que "pode ao mesmo tempo ser quente e fria, moderna e antiga, sedutora e distante, sem egoísmo e absorvida em si mesmo".
"Domesticar Teresa" era o título do artigo, numa referencia às preocupações do Partido Democrático com aquilo que chamam "o factor Teresa".
Poucos dias depois de "Domesticar Teresa" ter sido publicado, o Washington Post publicava um novo artigo sobre a mulher de Kerry com o título "A Imordaçável Teresa Heinz".

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