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Governo saúda e enaltece apoio educativo brasileiro
- 8-Sep-2003 - 12:00
O governo timorense enalteceu hoje o apoio que Portugal e o Brasil têm vindo a dar à recuperação e desenvolvimento de Timor-Leste, especialmente no sector educativo e no que toca ao ensino do português, uma das línguas oficiais do país.
Num comunicado enviado à Agência Lusa, a vice-ministra da Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Rosária Corte-Real, refere que muitos dos cooperantes brasileiros e portugueses procuraram aprender o tétum, a língua franca e a segunda oficial.
"Não convém no entanto confundir as coisas, eles não se encontram em Timor-Leste por precisarmos da sua perícia no tétum mas sim por nos fazerem falta as suas capacidades técnicas no âmbito da língua portuguesa", refere.
O comunicado surge como resposta a algumas críticas que continuam a ser veiculadas ao programa do governo de reintrodução do português como língua oficial em Timor-Leste, um processo contestado por sectores da camada mais jovem da população.
Referindo-se ao processo de feitura dos currículos, Corte- Real explica que o facto de haver ainda pouco da história timorense nesses documentos se deve aos obstáculos normais no processo de construção do Estado.
A nota enviada à Agência Lusa refere também a necessidade de uma maior "dedicação e esforço individual" dos formandos e alunos.
"O laxismo, em vez da busca de excelência, foi uma triste realidade do sistema de ensino que os indonésios implantaram no nosso país, mas para sobrevivermos como nação independente e próspera, temos que investir agora na qualidade", refere.
"Não é admissível que se baixe a fasquia quando o nível de alunos não chega para poderem ingressar numa escola, num centro de formação ou numa universidade, tal como não se pode permitir que transitem de anos aqueles que, por preguiça ou incapacidade, não atingiram os mínimos necessários para ter nota positiva", conclui.
O comunicado surge depois de no mês passado, uma das principais organizações não-governamentais (ONG) de Timor-Leste ter questionado a eficácia dos programas de apoio do Brasil ao país, aludindo a problemas com o uso do português, taxas elevadas de abandono e o uso de materiais inadequados à realidade timorense.
Comentando os programas do Brasil, especialmente nos sectores de educação e formação vocacional, a ONG "La'o Hamutuk" aludia especialmente ao uso do português, referindo que a língua é falada por apenas cinco por cento da população e que pode ser um entrave à eficácia dos projectos.
"Os pobres resultados dos projectos (...) demonstram que projectos desenhados para um contexto brasileiro não podem eficazmente ser implementados em Timor-Leste, sem grandes alterações que os adaptem às diferenças existentes", considera a ONG.
Sugere ainda a "promoção de participação eficiente" de funcionários timorenses na implementação dos projectos e a adaptação de materiais de ensino em tetum - a outra língua oficial a par do português -, desenhados por professores timorenses "capazes de entender a realidade e a cultura" de Timor-Leste.
O volume total de assistência do Brasil a Timor-Leste, que arrancou em 2000, eleva-se a cerca de 2,96 milhões de dólares.

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