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Assinados 13 protocolos na área da cooperação bilateral com o Brasil
- 5-Nov-2003 - 17:12
Moçambique e Brasil assinaram hoje, em Maputo, 13 protocolos de cooperação bilateral depois de duas horas de conversações entre delegações dos dois países, chefiadas pelos respectivos chefes de Estado, Joaquim Chissano e Lula da Silva.
Um dos acordos estabelecidos hoje prende-se com o combate ao HIV/Sida e outras pandemias africanas.
Segundo disse o ministro da Saúde moçambicano, Francisco Songane, está em aberto a possibilidade de vir a ser instalada uma fábrica de indústria farmacêutica em Moçambique, voltada não só para a produção de anti-retrovirais como também de outros fármacos de grande utilização no continente.
As avaliações técnicas estão em curso, mas Francisco Songane revelou que uma resposta concreta só deverá ser conhecida em Dezembro.
"A cerimónia é uma evidência que as conversações foram bastante produtivas e resultado de uma boa preparação desta visita", disse o presidente moçambicano após a cerimónia de ratificação dos documentos, que abrangem sectores desde a agricultura e pecuária à geologia e minas, ciência e tecnologia, saúde, desporto e cartografia.
Para Joaquim Chissano, tratam-se de acordos que reflectem "apenas as áreas onde foi decidido começar já a trabalhar", pois, acrescentou, "os dois países ainda têm muito para dar".
"Encontrámos uma grande vontade de cooperar, nestas e noutras áreas", sublinhou Chissano que durante a cerimónia manteve com Luiz Inácio Lula da Silva um intenso diálogo, quebrado, por vezes, com as salvas de palma que saudavam a assinatura de cada documento.
O chefe de Estado moçambicano e também presidente em exercício da União Africana revelou que foram ainda trocadas ideias sobre a necessidade de fortalecer a cooperação entre o Brasil e África enquanto continente, com particular enfoque para a região da África Austral.
A CPLP também esteve na agenda de trabalhos, com Chissano a dizer que Moçambique "apreciou muito nova dinâmica dada à organização pela presidência brasileira".
O chefe de Estado brasileiro revelou ser "um sonho" de velha data conhecer este país, manifestando a sua admiração e reconhecimento pelos esforços que tem desenvolvido em prol da paz no continente.
Lula da Silva particularizou o seu sentimento em palavras que dirigiu ao presidente Joaquim Chissano.
Para Lula, Chissano tem mantido "um comportamento excepcional e de tolerância na preservação da paz" que prevalece em Moçambique há já 11 anos.
No seu discurso, o presidente brasileiro citou o desabafo de um moçambicano com quem falou, que lhe disse que "se não fossem tantos anos de instabilidade o país já estaria muito mais avançado".
No entanto, segundo Lula, Moçambique está no bom caminho, já que apresenta um crescimento económico nos dois últimos anos de cerca de oito por cento.
Conforme realçou, esse crescimento vai permitir a Moçambique recuperar o "tempo perdido", com o crescente interesse de muitas empresas em investir no Brasil e vice-versa.
"Vou torcer no meu país para que isso (o crescente interesse) se verifique ao nível do empresariado brasileiro", salientou Lula.
Questionado sobre o interesse da empresa do Vale do Rio Doce na exploração das minas de carvão de Moatize e na recuperação da linha férrea do Sena - que viabiliza este projecto -, Lula respondeu de forma vaga.
O presidente brasileiro disse que se trata de um investimento privado onde, certamente, existirão outros concorrentes, mas acabou por adiantar que irá falar sobre aquele projecto com o presidente da empresa brasileira.
Sobre os acordos estabelecidos - muitos deles complementares de uns já existentes e outros assumindo a forma de "memorando de entendimento" -, o presidente brasileiro afirmou que estes protocolos dão corpo à sequência natural da cooperação já existente.
Lula realçou, a propósito, que o Brasil já dispõe de capacidade científica e tecnológica para "ajudar os países menos desenvolvidos".
"O Brasil pode fazer muito mais", frisou Lula da Silva, citando o caso concreto de Moçambique para realçar que o seu país dispõe de capacidades para enfrentar algumas das dificuldades na área da agricultura, no sector da siderurgia e minas.
Após a assinatura dos acordos de cooperação bilateral entre os dois países, Lula da Silva afirmou-se satisfeito.
"Saio daqui com a certeza do dever cumprido", sublinhou o presidente brasileiro.
O périplo do chefe de Estado brasileiro segue para a Namíbia, onde deverá chegar quinta-feira, e depois para a África do Sul. Lula da Silva visitou já São Tomé e Príncipe e Angola.

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