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Ramos Horta acusa Austrália de má fé e critica Estados Unidos
- 12-Apr-2004 - 22:50
O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Ramos Horta, acusou hoje a Austrália de não querer "acelerar" as negociações sobre a fronteira marítima comum que definirão o acesso dos dois países aos recursos naturais do Mar de Timor.
"Quanto mais as negociações demorarem, melhor (para a Austrália), e talvez quando o gás e o petróleo acabarem a Austrália queira então negociar", disse Ramos Horta, durante uma palestra que proferiu em Maputo sobre construção do Estado e integração regional.
Os dois países têm previsto para o próximo dia 19, em Díli, a realização de uma ronda de negociações para a delimitação da fronteira marítima comum, tendo Ramos Horta criticado a recusa australiana da proposta timorense de reuniões mensais sobre a questão e optado por cimeiras semestrais.
"Se a Austrália aceitasse a linha mediana", definida pelo Direito Marítimo Internacional, "Timor-Leste seria hoje um país como o Kuwait", prosseguiu o chefe da diplomacia timorense.
"A força de Timor-Leste nesta questão assenta no Direito Internacional, nós não inventámos nada, e vamos ver se a Austrália que é um país democrático aceita ou não o Direito Internacional", acrescentou.
O dirigente timorense, que hoje iniciou uma visita oficial de quatro dias a Moçambique, deixou igualmente acusações aos Estados Unidos, cujo Departamento de Estado criticou a polícia timorense no último relatório sobre direitos humanos no Mundo.
Não rebatendo as acusações, Ramos Horta provocou risos na assistência, na qual estavam dezenas de alunos da Academia de Polícia moçambicana, ao considerar que ao relatório, "que fala em cento e tal países, falta um capítulo, precisamente o dos Estados Unidos".
"Eu já disse aos meus amigos em Washington que quando o meu Ministério tiver tempo faremos o capítulo sobre os Estados Unidos e falaremos da polícia de Nova Iorque, de Chicago, de Los Angeles, dos oficiais de imigração para quem basta ter a pele mais escura para se tornar suspeito", disse.
Críticas à parte, o ministro timorense agradeceu à comunidade internacional o apoio que prestou à causa de Timor-Leste, afirmando que sem ele, "por mais tenaz e corajosa que tenha sido a luta timorense", o seu país não teria vencido.
"Há povos que são tenazes e corajosos e que ainda não se libertaram", disse sem precisar, agradecendo o apoio de Portugal e dos países da CPLP à luta dos timorenses.
"Em condições de paz e estabilidade e se a classe política de Timor-Leste continuar a dar mostras de responsabilidade e maturidade, Timor-Leste tem excelentes perspectivas", considerou.

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