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«O português é parte fundamental da nossa identidade», afirma Xanana
- 19-Apr-2004 - 14:20
O Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, defendeu hoje a língua portuguesa como "parte fundamental" da identidade do seu país, apesar das dificuldades "enormíssimas" que reconheceu existirem na sua reintrodução após 24 anos de proibição do seu uso.
Ao intervir em Viseu no I Congresso Bienal "A língua portuguesa na CPLP", organizado pelo Instituto Piaget, Xanana Gusmão afirmou que, "nesta era de globalização", a opção de Timor pela língua portuguesa tem gerado controvérsia.
"Questionam porquê a opção pela língua portuguesa quando temos a Sul países que falam a língua inglesa e a Norte países que falam malai", disse, acrescentando que o inglês a nível comercial, diplomático e político colocaria o jovem país "no contexto das parcerias com aqueles países".
Segundo Xanana Gusmão, esta opção "numa área em que o inglês se torna cada vez mais influente" foi considerada "pura e simplesmente irrealista".
No entanto, considera que essas "pressões do consumismo" não dizem "absolutamente nada do afecto entre os povos, da amizade, da irmandade que a língua como veículo de comunicação pode transmitir".
Do "Portugal dos navegadores", o seu país herdou "uma identidade cultural e histórica" que o liga "aos irmãos de África e a um pedaço da China (Macau)" de que diz orgulhar-se, uma vez que torna Timor- Leste "diferente de uma imensidão de ilhas que formam o arquipélago indonésio".
Na opinião do líder timorense, se o seu país não tivesse vivido sob a ocupação indonésia, "hoje os timorenses estariam a contribuir, não só para a consolidação, mas também para o enriquecimento da língua portuguesa".
No entanto, os 24 anos de proibição de uso e ensino do português levaram a juventude timorense a aprender indonésio, referiu, lembrando que, mais de 50 por cento dos 800 mil habitantes de Timor- Leste têm menos de 20 anos de idade.
"Por causa dos 30 anos em que fomos obrigados a viver de outra maneira, em que a nossa juventude foi obrigada a desviar-se um bocado do caminho do nosso destino, hoje sentimos maior dificuldade quando falamos de reintegração da língua portuguesa", admitiu.
Reconhecendo que "as dificuldades de reintrodução da língua portuguesa em Timor-Leste são enormíssimas", garantiu estar determinado a segurá-la "naquela imensa Ásia e no Pacífico", o que dá à CPLP uma dimensão de projecto planetário.
Para tal, disse esperar a ajuda do Instituto Piaget, que já demonstrou interesse em instalar-se em Timor-Leste, com um projecto educativo que vai desde o ensino básico ao superior.
"Sonhar e realizar em português vale a pena. Fernando Pessoa disse "tudo vale a pena quando a alma não é pequenaÈ e a alma da CPLP está viva e não é pequena", sublinhou.

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