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  CPLP
800 milhões de pessoas
vão ter um Natal de fome

- 9-Dec-2002 - 9:42

Mais de 800 milhões de pessoas enfrentam a fome diariamente e, a cada minuto, 15 crianças e 15 adultos morrem de fome. Grande parte destes milhões são nossos irmãos na Lusofonia. Em todo o Mundo, 1,1 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável; 2,5 mil milhões não têm saneamento básico; 30 mil morrem diariamente devido ao consumo de água imprópria. Esta é, igualmente, uma realidade da Lusofonia. A Sida já infectou mais de 60 milhões de pessoas e tirou a vida a um terço destas; e a malária mata 2,5 milhões de pessoas anualmente. Esta continua a ser uma outra vertente da Lusofonia...

Por esse Mundo, 1,6 mil milhões de pessoas não têm acesso a electricidade e a maioria recorre à queima de combustíveis que provocam a poluição do ar e problemas respiratórios. Queiramos ou não, também aqui a Lusofonia dá o seu contributo.

Segundo Judith Lewis, responsável regional do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, cerca de 12 milhões de pessoas poderão morrer de fome em Angola, Botswana, Lesoto, Malaui, Moçambique, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe se não forem distribuídos, nos próximos meses, um milhão de toneladas de cereais. Aqui figuram dois lusófonos.

Continua a não fazer sentido pedir aos pobres dos países ricos para dar aos ricos dos países pobres. Em vez de se preocupar com o povo que não pode tomar antibióticos (e não pode porque eles, quando existem, são para tomar depois de uma coisa que o povo não têm: refeições), o mundo Lusófono (a CPLP existe?) que pode (e deve) ajudar continua a pensar apenas, nesta altura, numa faustosa ceia de Natal.

E SE AGORA É ASSIM, COMO SERÁ NO FUTURO?

Angola e Guiné-Bissau vão triplicar a sua população até 2050, enquanto Cabo Verde e Moçambique vão duplicá-la, segundo as projecções indicadas num relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

O relatório, intitulado "A Situação da População Mundial em 2002 - População, Pobreza e Oportunidades", coloca três dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) - Moçambique, Angola e Guiné-Bissau, nos últimos lugares do "ranking" de pobreza.

O documento refere-se a dados sobre a pobreza nos países em desenvolvimento, saúde reprodutiva, analfabetismo e discriminação com base no sexo e deixa São Tomé e Príncipe de fora, enquanto Cabo Verde se situa a meio da tabela.

Angola, actualmente com cerca de 13,9 milhões de habitantes, terá, segundo as projecções do FNUAP, 53 milhões de pessoas em 2050, enquanto a Guiné-Bissau, hoje com 1,3 milhões, contará 3,3 milhões de habitantes dentro de 48 anos.

Em relação a Moçambique, o país terá 38,8 milhões de habitantes em 2050, contra os actuais 19 milhões, e Cabo Verde contará 807 mil pessoas, quase o dobro das actuais 446 mil.

Segundo aquelas projecções, em média, os países menos avançados do mundo triplicarão também a sua população até àquele ano, em contra-ciclo com os mais avançados, que terão menos 15 milhões de pessoas até 2050.

A situação em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique - os dados de São Tomé e Príncipe estão diluídos no item da África Central, o que impossibilita a sua hierarquização - torna estes Estados mais vulneráveis em muitos sectores.

Por isso, alerta o FNUAP, são necessárias medidas urgentes para combater a falta de saúde reprodutiva, ajudar as mulheres a evitarem uma gravidez não desejada e eliminar o analfabetismo e a discriminação com base no sexo.

Nesse sentido, os dados referentes a 2002 nestas áreas também não são muito animadores para três dos quatro Estados, sendo a excepção Cabo Verde.

Em termos de mortalidade infantil, Moçambique é o terceiro país com maior índice (128 por 1.000), apenas atrás da Serra Leoa (146/1.000) e do Malaui (130/1.000). A Guiné-Bissau surge em quinto (121/1.000) e Angola em oitavo (118/1.000). Cabo Verde tem uma taxa de mortalidade infantil de 50 por cada mil nascimentos.

Em relação à esperança de vida à nascença, Moçambique ocupa o segundo lugar no "ranking" negativo, com 37,3 anos para os homens e 38,6 para as mulheres. Guiné-Bissau e Angola situam-se entre os últimos 10 a 20, com uma esperança de vida, respectivamente, de 44 anos e 44,5 para os homens e 46,9 e 47,1 anos para as mulheres, abaixo da média dos países menos avançados (50,6 anos para os homens e 52,2 para as mulheres).

Acima da média e já próximo dos valores dos países mais avançados (71,9/homens e 79,3/mulheres), Cabo Verde tem uma esperança de vida para o sexo masculino de 67 anos e 72,8 para o sexo feminino.

Quanto à percentagem de número de partos assistidos por técnicos qualificados, em que a média dos países pobres ronda 34 por cento, Angola tem uma taxa de 23 por cento, atrás da Guiné-Bissau (35%), Moçambique (44%) e Cabo Verde (53%).

A título de comparação nos parâmetros analisados, Portugal tem uma esperança de vida à nascença de 72,6 anos para os homens e 79,6 para as mulheres, uma taxa de mortalidade de seis por mil e verá a sua população diminuída de 10 para nove milhões em 2050, à semelhança da maioria dos países europeus. Ainda em Portugal, a taxa de partos assistidos por técnicos especializados é de 100 por cento.

Quanto à taxa de prevalência do vírus HIV/Sida, Moçambique é um dos países mais afectados do continente africano, com um índice de 6,13 por cento entre os homens e de 14,67% entre as mulheres, ainda longe de países como o Lesoto (17,4/homens e 38,08/mulheres) e do Botsuana (16,08/homens e 37,49/mulheres).

Angola tem uma taxa de prevalência de 2,23 nos homens e de 5,74 nas mulheres e a Guiné-Bissau 1,06 nos primeiros e 2,98 nas segundas. Cabo Verde não surge referenciado neste item e Portugal tem 0,41 para os homens e 0,19 nas mulheres.

Quanto ao rendimento "per capita", cuja base são dados de 2000, o de Cabo Verde ascende a 4.760 dólares (cerca do mesmo valor em euros), muito acima de Angola (1.180 dólares), Moçambique (800) e Guiné-Bissau (710). Portugal tem 16.990 dólares.

No relatório, o FNUAP lembra que abordar as questões relacionadas com a população é crucial para a realização dos objectivos de desenvolvimento do milénio de reduzir para metade, até 2015, a pobreza, a fome no mundo, a mortalidade infantil e das crianças, deter o vírus HIV/Sida, promover a igualdade entre os sexos e fomentar um desenvolvimento sustentável.

MANUEL GILBERTO

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