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  Entrevista
«Forças Armadas continuam divididas», diz oficial acusado de golpe
- 15-Jul-2004 - 17:30


O alegado cabecilha do grupo de militares guineenses detidos em 2002 por tentativa de golpe de Estado e recentemente postos em liberdade, disse hoje que as Forças Armadas do país continuam "profundamente divididas em grupos antagónicos".


"Em relação às Forças Armadas guineenses o que existe é discriminação e divisão de grupos, isso sim. Fui promovido à major, mas continuo a ser tratado como tenente-coronel. Não há reconciliação nenhuma. Ou, se existe, é para o inglês ver", afirmou Allan Camará, sublinhando a existência de profundos antagonismos.

As declarações deste major, tido como próximo do falecido brigadeiro Ansuamne Mané, estão hoje na primeira página do jornal privado "Kansaré" ao qual explicou as circunstâncias e os "verdadeiros" motivos que ditaram a última das três detenções de que foi alvo durante o regime do deposto presidente Kumba Ialá.

Na extensa entrevista, Almani Allan Camará referiu-se às condições de detenção a que esteve sujeito, juntamente com mais dez militares acusados de tentativa de golpe de Estado para derrubar Kumba Ialá, em Dezembro de 2002.

Segundo afirmou, os detidos deitavam-se "sobre as (suas) próprias urinas e fezes, onde também faziam as orações", sendo todos muçulmanos.

"Batiam-nos com cabos de aço e cintos da tropa. Alguns dos "camaradasÈ foram atingidos nos órgãos genitais e estão agora impotentes", acrescentou, referindo-se à alegadas torturas de que foram vítimas nas prisões do aquartelamento de Cumeré (20 quilómetros a norte de Bissau) e na Base Aérea de Bissalanca (sete quilómetros de Bissau).

Allan Camará, que teve um papel destacado durante o levantamento militar de 07 de Junho de 1998, que culminaria 11 meses depois com a deposição do então presidente João Bernardo "Nino" Vieira, explicou ao jornal "Kansaré" os motivos pelos quais esteve detido.

"Muita boa gente - na actual estrutura das Forças Armadas guineenses - tem medo de mim. Sabem que sou homem recto e sem receio de ninguém. Toda a gente com quem trabalhei pode comprovar isso", afirmou aludindo à disciplina a que lhe foi reconhecida no desempenho das funções de vice- Chefe-do-Estado-Maior do Exército guineense.

Em relação às acusações segundo as quais esteve detido durante cerca dois anos por ter tentado derrubar Kumba Ialá, por força das armas, Allan Camará tem outra versão, na qual inclui o nome do líder líbio, Muammar Kadhafi, e o célebre "Livro Verde" deste estadista africano.

"Sou activista de uma ONG denominada Liga Democrática Africana, cuja política se baseia no Livro Verde de Kadhafi. Foram dizer logo a Kumba Ialá que a nossa intenção era assaltar o poder", explicou.

Postos em liberdade provisória a 18 de Junho último, por ordens do Tribunal Militar Superior, Allan Camará disse que aguarda ansiosamente pelo seu julgamento, tal como fora prometido pelo novo ministro da Defesa, Daniel Gomes.

Em relação a Kumba Ialá, que acabaria por ser deposto por golpe militar a 14 de Setembro de 2003, Allan Camará disse que o ex-chefe de Estado não tinha poder nenhum no país, porque, afirmou "os militares é quem mandavam".

"Ele - Kumba Ialá - não passava de um pássaro nas mãos de crianças", alegoria típica guineense que significa que a pessoa está manietada a bel-prazer de outrem.

Sobre os militares guineenses, Allan Camará afirma que "são políticos e partidários", quando "a tropa devia ser apartidária".

Quanto ao futuro, depois do julgamento, o major disse que não tolerará voltar a ser preso.

"Já me prenderam três vezes, mas jamais aceitarei que tal se repita. Tenho evitado confrontação, estou sozinho e sem material (armamento), mas, em nome da verdade, não tolerarei que ninguém mais volte a prender-me", avisou.


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