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Entrevista
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Lei migratória do Canadá limita acção da embaixada na defesa de angolanos
- 23-Jul-2004 - 14:25
O embaixador angolano no Canadá, Miguel Nzau Puna, refutou a ideia de que os compatriotas, então asilados naquele País e agora alvos de repatriamento, têm desmerecido a atenção da representação diplomática.
Argumentou, em entrevista hoje à Angop, em Ottawa (Canadá), que a instituição, quando informada, despoleta procedimentos legais para ajudá-los, mas o efeito, poucas vezes, se nota devido aos regulamentos próprios dos serviços migratórios.
"Inclusíve, quando tentamos informar-nos dos processos, para prestarmos alguma assistência, pouco ou nada se consegue apurar, sob a alegação do direito a privacidade", afirmou o interlocutor.
Em sua óptica, o número de repatriados vem aumentando, últimamente, porque muitos dos abrangidos haviam alegado a situação de guerra que assolava o país para conseguirem os respectivos vistos e, terminado o factor condicionante, as autoridades argumentam inexistência de razão para sua continuada permanência.
Miguel Nzau Puna salientou que tais repatriamentos não têm visado apenas cidadãos angolanos, mas também de outras nacionalidades, cujos pedidos de asílo político rejeitados, torna-os na condição de ilegais e obrigados a abandonar o território, como em qualquer outro País.
Sublinhando a relação da Embaixada com os compatriotas, disse ser satisfatória, personificada na preocupação destes em procederem a sua inscrição no gabinete consular e em obter um passaporte nacional.
No Canadá residem cerca de cinco mil angolanos, espalhados pelas cidades de Toronto, Ottawa, Mississauga, Saint Catherines, London, Hamilton (Ontario) Calgary, Edmonton (Alberta), Vancouver (British Columbia), Winnipeg (Manitoba) e Montreal (Quebec).
Fonte: Angop
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