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Entrevista
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PS ganharia eleições apesar da subida de PSD de Santana
- 30-Jul-2004 - 16:15
O Partido Socialista venceria as eleições legislativas se se realizassem hoje, segundo uma sondagem que indica ainda que o PSD de Santana Lopes recuperou sete pontos percentuais face ao mínimo de Junho, suscitado pela saída de Durão Barroso.
Segundo o barómetro DN/TSF/Marktest, hoje divulgado, PS e PSD estão separados por nove pontos de diferença, menos sete pontos percentuais do que os 16 por cento que separava os dois partidos no mês passado.
Após crise política suscitada pela saída do ex-primeiro- ministro Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, o PS, que viu o seu líder, Eduardo Ferro Rodrigues, apresentar a demissão do cargo de secretário-geral, continua à frente das intenções de voto com 45,4 por cento, apesar de ter descido dois pontos percentuais em comparação com o mês anterior (47,6 por cento).
O PSD, que se manteve no poder, agora liderado por Santana Lopes, é o segundo partido preferido pelos portugueses com 36,8 por cento, acima dos 29,9 por cento verificados em Junho, diz o barómetro.
O PCP surge na sondagem como a terceira força política com 6,3 por cento, depois de no mês passado ter registado 5,5 por cento das intenções de voto.
Em queda está o Bloco de Esquerda, que passou dos 10 por cento registados em Junho para os 5,7 por cento verificados agora, ao contrário do que sucedeu com o CDS/PP que subiu de 2,6 por cento para 2,7 por cento.
A nova equipa governamental, escolhida por Santana Lopes, é também avaliada pelo barómetro, cuja amostra considera o ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, como o mais positivo da equipa governamental.
Segue-se o ministro das Cidades, Administração Local e Habitação, José Luís Arnaut, e o ministro de Estado e da Presidência Nuno Morais Sarmento.
O único ministro que merece nota negativa é o da Saúde, Luís Filipe Pereira, que transitou da equipa governativa anterior, liderada por Durão Barroso.
Quanto à actuação dos líderes políticos, o destaque do barómetro vai para a queda na apreciação do Presidente da República, Jorge Sampaio, que este mês teve de decidir se convocaria ou não eleições antecipadas na sequência da demissão de Durão Barroso do cargo de primeiro-ministro.
Jorge Sampaio desceu este mês 19 pontos percentuais no barómetro relativamente ao mês anterior e tem agora uma apreciação de 58 por cento.
O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, somou mais um ponto percentual, tem agora 36 por cento das preferências, enquanto o dirigente do Bloco de esquerda Francisco Louça não sofreu qualquer oscilação situando-se nos oito por cento.
O primeiro-ministro Santana Lopes tem uma actuação avaliada em sete por cento, enquanto o seu parceiro de Governo Paulo Portas continua com uma apreciação negativa de menos 15 por cento.
O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, é o líder partidário com uma actuação mais negativa, no painel do barómetro, com menos 18 por cento, menos dois por cento que no mês passado.
Sobre os políticos de esquerda, a amostra do barómetro diz que o comissário europeu António Vitorino lidera a lista das preferências, seguido do candidato à liderança do PS José Sócrates.
Depois de Mário Soares, Jaime Gama, Jorge Coelho, António Costa, António Guterres, Manuel Maria Carrilho e Carvalho da Silva - por esta ordem e todos com uma nota positiva - segue-se João Soares com uma apreciação negativa de menos 25 por cento, menos cinco pontos percentuais que em Junho.
E quanto aos políticos de Direita, Marcelo Rebelo de Sousa lidera as preferências seguido de Cavaco Silva, Freitas do Amaral, Rui Rio, Pinto Balsemão, Maria José Nogueira Pinto, Fernando Ruas e Alberto João Jardim.
Já com uma avaliação negativa seguem-se Durão Barroso e Manuel Monteiro.
Esta sondagem foi realizada pela Marktest para o Diário de Notícias e TSF através de 800 entrevistas espalhadas pelo país e pelos vários grupos etários e foi realizada entre 20 e 23 de Julho.
A sondagem tem um erro de amostragem de mais ou menos 3,46 por cento para um intervalo de confiança de 95 por cento.
Também o Correio da Manhã publica hoje uma sondagem sobre a avaliação que os portugueses fazem sobre o novo Governo e o novo primeiro-ministro, Santana Lopes.
A maioria dos portugueses (47,8 por cento) considera o novo Governo "assim-assim", 17,7 por cento acha-o "bom" e 14,3 por cento "mau".
Quanto ao primeiro-ministro, quatro em cada dez (40,5 por cento) portugueses julgam-no "assim-assim", 22,6 por cento avaliam-no com "bom" e 22,2 por cento como "mau".
A maior qualidade de Santana Lopes é, de acordo com a amostra deste estudo, ser "dinâmico" enquanto o seu maior defeito é ser "vaidoso".
Esta sondagem foi realizada pela Aximage entre 23 a 26 de Julho através de 504 entrevistas telefónicas e apresenta um desvio padrão máximo de 0,022.
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