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PAM tem reservas alimentares até Março, depois pode cortar assistência
- 21-Jan-2005 - 15:02
O Programa Alimentar Mundial (PAM) poderá ter de reduzir a assistência humanitária em Angola a partir de Abril, caso não surjam novas doações nas próximas semanas, alertou hoje, em Luanda, o representante da organização no país, Richard Corsino.
O PAM assiste actualmente cerca de um milhão de pessoas em 10 províncias angolanas, maioritariamente alunos do ensino primário, órfãos, deslocados de guerra e populações que regressaram às suas zonas de origem.
"Estas pessoas recebem uma cesta básica, constituída por fuba de milho, sal, óleo, leguminosas e açúcar e uma mistura de soja para as crianças", assinalou Corsino, numa entrevista, hoje, à agência de notícias angolana (ANGOP).
Segundo o responsável do PAM em Angola, a organização tem actualmente no país uma reserva de cerca de 40 mil toneladas de produtos alimentares, que permitirá manter este nível de assistência humanitária até finais de Março.
Corsino admitiu, no entanto, que o PAM poderá ser obrigado a fazer cortes na distribuição de produtos alimentares às populações carenciadas, caso não surjam novas doações que permitam assegurar a assistência a partir de Abril.
"No ano passado, o PAM recebeu cerca de 90 milhões de dólares e este ano necessitamos de 50 milhões de dólares para podermos cumprir as nossas obrigações humanitárias", calculou.
Na perspectiva do representante do PAM em Angola, a quebra registada na concretização das doações prometidas está relacionada com o facto de os principais doadores internacionais considerarem que Angola tem vindo a dar "passos significativos rumo à auto- sustentabilidade".
Por outro lado, segundo Corsino, os doadores internacionais também entendem que "a riqueza existente no país deve jogar um papel mais activo na melhoria das condições de vida das populações".
Na mesma entrevista, Corsino apelou à comunidade doadora internacional para que mantenha o apoio a Angola até ao final do primeiro semestre deste ano, salientando que, na segunda metade do ano, o PAM vai fazer uma reestruturação da sua actividade, que deverá passar a ser mais vocacionada para o apoio às crianças que frequentam o ensino primário.
Esta reestruturação será uma consequência da redução do número de pessoas beneficiárias de assistência humanitária prevista para a segunda metade de 2005, altura em que estarão concluídas as colheitas e o PAM prevê que uma parte significativa das populações reassentadas possa alimentar-se da sua própria produção agrícola.
Nessa perspectiva, admitiu que o número de pessoas assistidas pelo PAM em Angola possa ser reduzido no segundo semestre deste ano para cerca de 500 mil, o que permitirá aumentar o apoio no âmbito do projecto de alimentação escolar.
Este projecto, que abrangeu cerca de 40 mil crianças em 2004, está actualmente a apoiar 150 mil alunos do ensino primário, mas deverá atingir 200 mil crianças no final do ano.
Ainda segundo Corsino, em vista da evolução da situação humanitária em Angola, as actividades do PAM vão ser progressivamente reduzidas nos próximos anos.

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