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Instabilidade preocupa ONU, que quer ajudar no processo transição
- 15-Feb-2005 - 12:03
Os próximos três meses, que coincidem com o processo das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, serão decisivos para o país, pois ainda há uma grande preocupação com a instabilidade política, afirmou em Bissau um enviado das Nações Unidas.
Falando aos jornalistas após uma reunião com o primeiro- ministro guineense, o conselheiro principal do sub-secretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Políticos, Jack Christofikdes, sublinhou, contudo, que a ONU vai apoiar a Guiné-Bissau na preparação das presidenciais, previstas para Maio, mas ainda sem data marcada.
"A ONU tem manifestado, e mantém essa posição, grande preocupação acerca da instabilidade que existe não apenas na Guiné- Bissau, mas também na região. O governo guineense tem feito esforços positivos para fazer regressar o país à ordem constitucional e nós queremos apoiar esses esforços", afirmou.
"Os próximos três meses são uma fase decisiva para a Guiné- Bissau. Mas a ONU vai apoiar a Guiné-Bissau porque pensa que é importante existir um presidente eleito democraticamente num processo livre e justo", acrescentou o diplomata da ONU.
Christofikdes indicou que o objectivo da deslocação ao país, iniciada sábado, é avaliar o actual momento político e militar, uma vez que o Conselho de Segurança da ONU mandatou o secretário-geral da organização, Kofi Annan, a apresentar um relatório nesse sentido.
Segundo Christofikdes, a missão visa, paralelamente, estudar a forma como a ONU pode ajudar a concluir o processo de transição, iniciado com o golpe de Estado de Setembro de 2003 e que culmina com a realização das presidenciais.
"O secretário-geral da ONU está esperançado em que a missão aqui na Guiné-Bissau faça o que puder para ajudar o governo a regressar rapidamente à ordem constitucional", sublinhou, lembrando que o gabinete das Nações Unidas em Bissau está a trabalhar nesse sentido.
Em 1999, a pedido das autoridades guineenses, a ONU instalou no país o Gabinete das Nações Unidas para o Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS), após o conflito militar de 1998/99, que levou à destituição do então presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
O diplomata da ONU sublinhou que as alterações feitas aos termos do mandato da UNOGBIS vão ajudar a restabelecer a confiança dos parceiros internacionais e na manutenção de uma paz duradoura.
O mandato foi alterado em pelo menos duas áreas críticas, a primeira das quais relativa à reforma do sector da segurança, nomeadamente nas Forças Armadas.
"Estivemos hoje de manhã com o CEMGFA (o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie), que garantiu que o Exército quer e vai manter-se fora da política. As Forças Armadas deverão ser um exército republicano e devem apoiar as instituições do Estado", observou Christofikdes.
A segunda alteração tem a ver com a forma como a ONU tem de encontrar uma maneira de cooperar com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e com outras organizações, como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"É muito importante que as Nações Unidas trabalhem com outros parceiros para ajudar a Guiné-Bissau", sustentou.
Quanto a um eventual prolongamento do mandato da UNOGBIS, que expira a 31 de Dezembro deste ano, Christofikdes sublinhou que caberá ao governo guineense definir se pretende manter a missão no país.
"Mas, tal como disse o primeiro-ministro e vários ministros do seu gabinete, está claro que existe um papel a desempenhar pela ONU na assistência ao governo. Estamos preparados e vamos continuar a analisar com o governo a melhor forma de apoiar o processo", concluiu.
Christofikdes, que deixa quarta-feira a Guiné-Bissau, lidera uma missão que integra também elementos ligados aos departamentos dos assuntos Políticos, Humanitários e Prevenção de Crises, e ainda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Até quarta-feira, a delegação da ONU manterá encontros com as mais altas individualidades do Estado guineense, partidos políticos, sociedade civil e chefias militares, bem como com diplomatas e responsáveis de organizações internacionais instaladas em Bissau.
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