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Primeiro-ministro congratula-se com debate sobre aproximação à UE
- 17-Mar-2005 - 20:43
O primeiro-ministro de Cabo Verde considerou hoje positivo o debate lançado em Portugal por Adriano Moreira e Mário Soares sobre a aproximação do arquipélago à União Europeia (UE), sem nunca se referir a uma eventual adesão.
José Maria Neves disse ver "com bons olhos" mais esta "oportunidade de debate" lançada quarta-feira, em Lisboa, pelo ex- chefe de Estado português Mário Soares e pelo presidente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Adriano Moreira.
No entanto, o chefe do executivo cabo-verdiano, nas declarações feitas à Rádio de Cabo Verde (RCV) na ilha de São Vicente, onde se encontra em visita de trabalho, não se referiu a uma eventual adesão à UE, mas sim à almejada obtenção do estatuto de parceria especial, pelo qual o arquipélago se bate desde 2001.
"Este é um trabalho de fundo que nós estamos a fazer desde 2001, porque pensamos que uma das âncoras de desenvolvimento de Cabo Verde é esta parceria especial com a União Europeia", disse Neves.
O chefe do governo advogou ainda que Cabo Verde "deve aproveitar esta oportunidade" para lançar os alicerces de uma parceria especial com a UE, "explorando toda a sua vocação atlântica e contribuindo para o alargamento do espaço de estabilidade e segurança nesta região do Atlântico".
"Há já, por causa do prestígio externo de Cabo Verde, por causa da sua imagem no exterior, forte apoio de vários países, personalidades, de partidos políticos e de governos, que, por causa do nosso trabalho, apoiam fortemente esta pretensão de Cabo Verde", sublinhou.
Na petição defendida na Sociedade Portuguesa de Geografia, em Lisboa, por Mário Soares e Adriano Moreira, é dito que "todas as circunstâncias históricas, presentes e de projecto de futuro, que definem a identidade de Cabo Verde, aconselham que se iniciem negociações entre a União Europeia e Cabo Verde no sentido de este aderir à União Europeia".
Na opinião dos signatários, a iniciativa deve merecer o apoio de Portugal.
Segundo o documento, "o alargamento da União Europeia não pode ignorar a dimensão Atlântica", nomeadamente o Atlântico Sul, onde Cabo Verde "interessa à Europa não apenas pela valência da segurança e defesa mas também (...) por ser a melhor expressão das sínteses culturais que a experiência euromundista produziu".
A petição, que será apresentada ao novo governo socialista português, sublinha ainda que "os padrões culturais europeus estão implantados como componente essencial da identidade" cabo-verdiana, tornando o país "uma plataforma de valor excepcional para a relação Euroafricana".
O documento, assinado por destacadas figuras da sociedade portuguesa, é também apoiado a título pessoal pelo novo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Freitas do Amaral.
A aproximação de Cabo Verde à União Europeia é visto, de forma transversal à sociedade cabo-verdiana como um passo fundamental para o futuro do país, tendo em conta que o arquipélago vai abandonar em 2008 o grupo de Países Menos Avançados (PMA) do Conselho Económico e Social (ECOSOC) da ONU.
No momento em que entrar no grupo de Países de Desenvolvimento Médio (PDM) do ECOSOC, Cabo Verde deixa de poder contar com os empréstimos a taxas muito baixas e com longos períodos de amortização que lhe permitiram atingir o topo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em África.

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