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Votar em Kumba Ialá é uma «loucura», diz fundador do PRS
- 4-Apr-2005 - 17:45
Um dos fundadores do Partido da Renovação Social (PRS) afirmou que os guineenses "não podem cometer a loucura" de votar "outra vez" em Kumba Ialá nas eleições presidenciais de 19 de Junho próximo na Guiné-Bissau.
Numa entrevista publicada hoje no semanário independente guineense "Kansaré", José de Pina, membro número cinco do partido que ajudou a fundar em 1992, considera que existem "ainda muitos estigmas deixados" pela presidência de Kumba Ialá (de Março de 2000 até ao golpe de Estado de 14 de Setembro de 2003).
"Foi uma presidência de uma grande indigência e ignomínia, pelo que cabe aos cidadãos guineenses tirar as devidas ilações. Mas penso que não podem voltar a entrar em desvario e, numa loucura extravagante, votar outra vez no candidato Kumba Ialá", sustentou.
José de Pina foi um dos candidatos derrotados nas "primárias" do PRS que, numa reunião do Conselho Nacional, realizada a 26 de Março último, obteve a confiança de apenas cinco delegados na eleição do candidato que os "renovadores" vão apoiar às presidenciais.
Na reunião, Kumba Ialá obteve 117 dos 138 votos expressos, enquanto outro candidato, Iaia Djaló, 1º vice-presidente do PRS, recolheu 12, registando-se ainda dois nulos e dois brancos.
"Dada a ignomínia do passado (de Kumba Ialá), que trouxe a desonra para o país, acreditava que os militantes deviam ter a ousadia de votar num outro candidato, mostrar uma alternância para, assim, evitar um ciclo de rotatividade política", frisou.
Admitindo que poderá candidatar-se como independente, José de Pina lembrou que Kumba Ialá foi escolhido na sequência de um "trabalho interno no partido", realçando que não é ainda um candidato oficial, pois o ex-líder dos "renovadores" tem um processo pendente na justiça guineense.
"Não me cabe a mim fazer juízos em questões jurídicas. Limito-me a falar numa base política", afirmou na entrevista ao semanário independente guineense, escusando-se a comentar o processo que corre na Justiça.
A 16 de Setembro de 2004, dois dias depois do golpe de Estado, Kumba Ialá assinou uma carta de renúncia ao cargo, situação que o impede, segundo a Constituição guineense, de exercer qualquer actividade político-partidária nos cinco anos subsequentes.
No entanto, em Fevereiro deste ano, os advogados do ex-presidente apresentaram um pedido de impugnação do acto de renúncia, alegando que Kumba Ialá foi "coagido" pelos militares revoltosos.
A decisão está nas mãos dos juízes do Tribunal Regional de Bissau (TRB), que deverão, talvez esta semana, torná-la pública.
Kumba Ialá, por seu lado, já afirmou publicamente que, se a decisão do TRB for negativa, reassumirá a presidência e revogará a carta de renúncia.
Estas afirmações foram consideradas pelo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, um "atentado à segurança do Estado", mas o governo não tomou quaisquer medidas práticas.
As Nações Unidas, o governo português e a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) também já manifestaram preocupação quanto à situação na Guiné-Bissau.
Por outro lado, se José de Pina admite candidatar-se à Presidência da República da Guiné-Bissau, também Iaia Djaló, o outro candidato derrotado nas "primárias" do PRS, está já a recolher assinaturas com o mesmo objectivo.
Em declarações à Agência Lusa, Iaia Djaló, actual 2º vice- presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento), limitou- se a confirmar a recolha de assinaturas e a indicar que tenciona apresentar-se na corrida.

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