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Dependência económica do apoio internacional é determinante
- 6-Apr-2005 - 14:49
A progressiva redução do apoio financeiro da comunidade internacional vai afectar a curto prazo a economia de Timor-Leste, refere um relatório do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), divulgado hoje em Díli.
O relatório, que traça as perspectivas da economia asiática em 2005, sustenta na parte relativa a Timor-Leste que a eventual retirada das Nações Unidas, a partir de Maio, "irá ter, em si própria, um efeito negativo na actividade económica a curto prazo".
O BAD refere-se na retirada das Nações Unidas à eventual não prorrogação do mandato da actual Missão de Assistência em Timor-Leste (UNMISET).
A somar àquela eventualidade, o BAD estima que muitas agências bilaterais "estão a reduzir os seus programas de auxílio".
"Estima-se que os programas de auxílio bilaterais e multilaterais (a Timor-leste) declinarão pelo menos até metade do seu valor actual, até 81 milhões de dólares (cerca de 63 milhões de euros) no ano fiscal de 2006", que se inicia no próximo dia 01 de Julho.
A conjunção destes factores deverão prevalecer sobre o crescimento que se espera na agricultura, sublinhada pela melhoria das condições atmosféricas e da reabilitação em curso naquele sector, afirma o relatório.
Esta situação continuará a manter Timor-Leste dependente da ajuda internacional para alimentar a sua população.
Para o BAD "a habilidade do governo em conseguir doações terá um papel de grande importância na determinação do valor do Produto Interno Bruto a médio prazo.
O BAD calcula que no ano fiscal de 2004 o PIB em Timor-Leste foi de 1,5 por cento, e que esse valor deverá descer no ano em curso para 0,5 pc.
A perspectiva para os anos fiscais de 2006 e de 2007 é de 3,0 pc e 4,5 pc, respectivamente.
Referindo-se à capacidade do governo liderado por Mari Alkatiri em captar doações, o BAD salienta que Timor-Leste pode tornar- se um dos países elegíveis para as contas "Millennium Challenge Accounts", financiadas pelos Estados Unidos e que poderiam garantir, já em 2006, 30 milhões de dólares (cerca de 23 milhões de euros) em doações.
"Timor-Leste precisa de desenvolver o seu sector privado", destaca, por outro lado o BAD, que enumera os problemas por que passa o sector privado no país.
"Os salários são substancialmente superiores aos dos países vizinhos, e o estado das infra-estruturas é geralmente mau. A baixa produtividade dos sectores chave e lacunas nas disposições regulamentares tornam difícil a criação de novas companhias privadas", exemplifica.
Para o sector privado timorense crescer, face ao forte empenhamento provocado pelos financiamentos garantidos pelos depósitos locais, restam os investimentos estrangeiros.
Este relatório do BAD é publicado cerca de três semanas antes da realização em Díli da conferência de doadores, iniciativa que a partir de 2004 se passou a realizar anualmente.
Anteriormente realizava-se de seis em seis meses.
De acordo com a última conferência, em Maio de 2004, Portugal é o maior doador de Timor-Leste desde 1999, com 163,3 milhões de euros.
Contabilizando a cooperação no domínio militar, Portugal reforça o primeiro lugar, com 4,4 milhões de euros, deixando, neste capítulo, muito para trás a República da Coreia do Sul, com apenas 1,16 milhões de euros.
O Registo da Assistência Externa indica que Portugal, com 163,3 milhões de euros, deixa a mais de 11 milhões de euros de distância a Austrália (152,6 milhões de euros), vindo em terceiro lugar o Japão (142,9 milhões de euros).
No total, desde 1999, Timor-Leste recebeu dos seus parceiros de desenvolvimento 998 milhões de euros.
Este valor inclui todos os projectos que se encontram concluídos, em curso ou, estando já aprovados, iam começar a ser executados.
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